Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sábado, 30 de maio de 2015

Desmistificando os romances cinematográficos.

Desmistificando os romances cinematográficos.

Desmistificando os filmes românticos: sim, eles funcionam, atraem e tem bilheteria “forte”, mas, sabem por qual razão eles são legais e bonitos? Porque só focam na época da paixão!
A maioria deles foca naquela época em que o casal jovem está apaixonado, que tem vontade de largar estudo, carreira, família e riquezas em prol de “um amor e uma cabana”.
O que ocorreria se o filme retratasse a futura rotina do então “casal apaixonado”? A obra seria tudo, menos romântica! Aventura, comédia, terror, suspense, policial, qualquer coisa, menos romântica! Porque amar é fácil meu caro, se apaixonar também é! Difícil mesmo é cultivar o amor e a chama da paixão acessa, forte e iluminando o ambiente!
O começo cheio de tesão sempre é bom, complicado é manter o lado bom do romance no dia a dia com respeito, cumplicidade e afinidades. E é por isso que, ao ver um filme com casais de 17 anos (em média) jurando amor eterno e verdadeiro eu penso: “Retome a obra cinematográfica em 15 anos e teremos: filhos, briga por pensão, frustrações e divórcio!”.
Não sempre, claro, só 7 em 10 vezes. No resto delas existem, não sempre, mas comumente, um tomando guampa e o outro se fazendo de idiota para não partilhar bens ou descontentar ao padre. Oh, coisa linda!
O tal do "e foram felizes para sempre" só existe em filmes, porque os personagens são estáticos no tempo. Eles não voltarão 5, 10, 15 ou 20 anos depois. Só existe, porque se trata de uma obra de ficção, porque na vida, meu caro, não existe felicidade eterna, Existe vontade de ser feliz e quiçá de amar eternamente, todavia, nem todos tem talento para fazer esse anseio se tornar realidade. 
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 30 de maio de 2015. 

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Cantada infame na manha de sexta-feira: breve histórico!

Cantada infame na manha de sexta-feira: breve histórico!

Sobre uma cantada infame que ouvi hoje. Estava há alguns dias conversando com um sujeito de uma cidade vizinha. Pela manha falou que a tarde viria para Sorriso. Por saber que a mãe do individuo mora aqui, perguntei se ele dormiria na cidade.
Achando que ele diria que sim, pois a mãe aqui reside, ele disse o seguinte: “Se você me der pouso? (a criatura escreveu “poso”, mas não tenho tal coragem!.” Eu respondi que, se muito, poderíamos tomar uma cerveja e comer algo. A seguir, o cidadão lança: “E algo mais...”. Usei o tradicional “como assim” e, novamente...”algo mais”.
Sem dar-me ao trabalho de responder, fiz o de sempre! Bloqueei e exclui! Realmente o cavalheirismo, a gentileza masculina e o bom senso estão se esvaindo. Ah, se todo cara deseja sexo? Talvez, mas custa muito mascarar a necessidade avantajada de transar com alguém?
Mulheres normalmente e no meu caso, nunca saem num primeiro encontro desejando sexo! Tanto é verdade que os caras com quem dialogo são os que me parecem inteligentes e decentes não sarados e bonitões. Se eu quisesse transar de primeira eu ia conversar com cara tortéi (massa por fora e abobrinha por dentro), não com sujeito não tão bem afeiçoado, mas “legal”.
Se os caras costumam já sair para um encontro querendo transar? Pode ser, provavelmente sim, mas, sabe onde falta o bom senso: na explicitação. No dizer, no galantear uma mulher já subentendendo que ele quer mais do que um bom papo.
Eu nunca fui do tipo que conhece pessoas e, antes de determinado tempo e conhecimento mutuo, queira algo mais. Intimidade se gera com dialogo, conversa, risadas, afinidades. Não com uma bebida na sexta-feira à noite e nunca, absolutamente nunca com cara despreparado que deixa “na cara” que quer o que eu presumo sempre que homens queiram!
Não necessita subestimar a inteligência de uma balzaquiana, não necessita ser óbvio, não necessita ser tão explicito. Um pouco de mistério, uma sutileza cavalheiresca sempre cairá bem. Aliás, são estes os segredos da conquista de uma mulher verdadeiramente madura e segura de si. As outras, as desesperadas e inseguras? Ah, dessas eu não entendo e nem me interessa.
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 29 de maio de 2015. 

Menos religiões, mais consciência e respeito!

Menos religiões, mais consciência e respeito!

Estranha a lógica de alguns seres crentes (de qualquer religião)! Cristo disse para “amai-vos uns aos outros”. Daí esse povo respeita e ama, desde que... Desde que o outro seja como ele! Se for homossexual, bissexual, pobre, negro, ah, então não são como eles né?!
É para amar só quem pensa de forma semelhante e leva uma vida heterossexual perfeita e bem sucedida. Não, péra! Não é assim, mas é assim que os intolerantes pensam. Cristo não pode estar dentro de um sujeito do sexo masculino que não gosta de seios, cintura fina, ausência de pelos e que tenha “volume” nos genitais!
Ah, minha nossa! Esses homossexuais ofendem a “família tradicional”. Então, recebo, num dia, vários expurgos ao comercial de Dia dos Namorados do Boticário! Querem tira-lo do ar. Quem? Os intolerantes, os que entendem tudo de religiosidade e quase nada de amor e respeito ao próximo.
Eles, os paladinos da moral e dos bons costumes, aqueles que devem fornicar só para reproduzir a espécie e casarem-se castos, afinal, são perfeitos e a bíblia diz isso! (Isso e mais trocentas coisas de séculos atrás que ainda querem impor atualmente).
O comercial é lindo e trata de forma singela e não vulgar de todas as formas do amor que vemos diariamente hoje em dia e que não faz quem lhe vive um ser inferior a nós, heterossexuais, brancos e “resolvidos”. Essa absurda intolerância ao diferente provém de fanáticos religiosos que não querem viver em um País laico, mas num País regido pelas suas crenças.
Religião não determina bondade! Alma, consciência e atitude determinam. Vejo seguidamente pessoas religiosas que, em nome de seus conceitos tradicionais, são intolerantes com o diferente: homossexuais, bissexuais, negros, mulheres que não agem como as boas e velhas "mulherzinhas" de antigamente.
Pessoas que não aceitam que nem todo mundo precisa casar jovem, estudar, ter filhos e um parceiro que propicia um custo de vida caro para ser feliz! Vejo até religiosos machistas que acham que mulher precisa casar e parir para ser mulher e que as pessoas só são bondosas se são crédulas e, ainda, heterossexuais!
A bondade não está na religião, está na ética, na moral e no coração do homem. Nem todos os religiosos são bons, todavia e por coincidência a maioria dos ateus que conheci são pessoas excelentes. Não fazem o mal para os outros na crença de que Deus irá lhes perdoar: eles pensam antes de agir e não agem mal por conta dos princípios e ditames da sua consciência, não por religiosidade.
"Deus perdoa, então eu posso tudo", conheço quem aja como se pensasse assim! Se até criminoso se salva encontrando Cristo né?! Mata mãe, pai, estupra, assassina 30, mas vira crente e... (imagine uma música de suspense...): ganhou o céu! Imagina uma infidelidade, uma desonestidade, falar mal da colega, fazer pequenas maldades cotidianas e assim por diante? Perdão na certa, é só rezar o terço.
Se as pessoas tivessem uma consciência tão boa e grande como sua religiosidade e se, ela lhes cobrasse agir de forma ética e justa, quiçá o mundo mudasse. A humanidade não precisa de mais igrejas e orações, a humanidade precisa de amor, respeito ao próximo, da boa e velha tolerância, sem a qual, com Deus ou sem Deus sempre existirão preconceitos e guerras no mundo.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 29 de maio de 2015. 

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Concursos e remuneração atraente.

Concursos e remuneração atraente.

As pessoas querem dinheiro, querem ganhar bem e acham que a conta corrente recheada supre o azedume de ter que levantar todo dia cedo para fazer o que não lhe agrada!
Você já reparou na falta de vontade de alguns funcionários públicos? Na cara amarrada e na ausência de atenção dada a quem vai até eles? Pois, toda vez que abre um concurso (nivel médio e superior) a divulgação é mais ou menos assim: "Concurso-nome do órgão público-$$$: remuneração".
Não se fala na função que será exercida numa dedução (i)lógica de que o importante é só o salário! E depois os psiquiatras que se virem com seus pacientes e o povo que se lasque com o mau atendimento! O cidadão está lá, concursado! E quem disse que ele é vocacionado para a função? Que vai gostar do que fará?
Ah, não importa. Ele vai ganhar bem e cultivar a esperança de trabalhar pouco e quando o trabalho exceder suas expectativas no "quesito" atribuições ele vai se frustrar e seu rendimento será deprimente!
Daí tem gente lendo este texto e pensando que no setor privado é vitima de atendimento ruim da mesma forma. Sim, lógico! Mas por acaso você sabe as diferenças entre contratação celetista e a oriunda de concursos?
Os benefícios, a estabilidade? Ademais, por acaso, você já ouviu, por exemplo, no setor privado, trabalho de caixa de supermercado algum anuncio assim: “Vagas no supermercado tal salários a partir de $$ (tanto)”. Se sim, tudo bem, eu mesma já vi, mas o cerne dessa oferta de emprego é que o salário é baixo, a jornada de trabalho longa, a estabilidade inexistente! Simples, preciso enumerar outras?
Ah, se trabalhar com o povo no serviço publico pode ser ruim? Ah, minha cara, e você acha que trabalhar com pessoas no serviço privado é “barbadinha”? Nunca é ou será. Eu só acho que, concursados ou não devem estar onde estão por vontade e tesão pela “coisa”! Porque gostam e tem entusiasmo. Se não gosta de atender pessoas, amigo? Não faça concurso para a área que requer isso.
 Na verdade, se você não gosta de pessoas, porque existem as sem educação a sua solução é se trancar num calabouço e engolir a chave: gente sem noção sempre existirá, mas não é por isso que as demais mereçam ser tratadas com desprezo.

Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 28 de maio de 2015. 

Mal educados.

Mal educados.

Num mundo em que professor de ensino médio é agredido em sala de aula, em que universitário indaga, em dia de prova, a professora insinuando que ela está estressada por falta de namorado (sexo, em suma!) e que pessoas grosseiras e ignorantes se acham donas das verdades, além de sábias e sinceras, concluo que existe uma geração de pessoas muito, muito mal educadas.
Pessoas que da palavra respeito só possuem uma visão: "Eu mereço e exijo, mas não dou." E estas criaturas são o reflexo do que? Da falta de educação, classe e noção básica de respeito humano que tiveram em casa.
Gente relapsa, gente sem escrúpulo, gente mal educada, gente sem paciência, doçura, ternura e bons valores para instruir um outro ser, definitivamente, não deveria reproduzir.
Aliás, este povo não gera vida, mas, como diz meu pai, "faz cagada" e o problema sério advindo dai é que ninguém mais limpa e quem não tem nada a ver com a estupidez oriunda desta infame perpetuação genética é quem terá que suportar o mau cheiro.
Outro dia uma corrigindo uma pessoa que foi estupida com a outra ela me disse: “Não sou obrigada a agradar a ninguém.” Bem, disso ninguém olvida! Mas, dai eu pergunto, é obrigada a desagradar, magoar e humilhar? Qual a vantagem disso?
A gente não deve ser gentil, educado e medir nossa “grossura” para agradar ou ser bem quisto, mas por ser um dever nosso enquanto seres civilizados. Você gosta de receber patada? De ser menosprezado? Pois é, ninguém gosta, então não faça aos outros o que você não quer para você!
Educação, bom trato, finesse e classe nunca fizeram mal a ninguém, pelo contrario, abrem portas, mudam muito no mundo. Do que adianta reclamar de injustiças mundanas se você não é justo nem no trato com os colegas? Se cada um fizer a sua parte e cada pai educar bem seus filhos para fazer a parte deles, quiçá um dia a “coisa” vira e o mundo se mostre um local menos irritante.


Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 28 de maio de 2015.

Feminismo não é radicalismo, parça! Meça a sua ignorância!

Feminismo não é radicalismo, parça! Meça a sua ignorância!

Amiguinho, não a mulher não precisa ser daquelas que não usam salto, não se maquiam, não se depilam e queimam sutiã para ser feminista. O feminismo é, simplesmente, uma postura de mulheres inteligentes e racionais frente ao machismo que “coisifica” mulheres e santifica os “provedores”.
Machismo é coisa de homem? Não, não é! Machismo é coisa de mentalidade tacanha, e a tacanhez, assim como a inteligência, não depende do gênero ao qual pertencemos. Está na mente e não nos órgãos genitais, para dizer pouco.
Aliás, vejo uma quantidade imensa de mulheres machistas. Nunca ouvi nenhum rapaz comentar que o problema da fulana é “falta de sexo”. Já as mulheres têm como adjetivo essencial a quem pensa, vive e age de forma diferente delas, o tal do “mal amada”.
Tem até aquela coisa idiota de que, se a mulher subiu na carreira é “porque está dando para o chefe”. Caramba, e se tiver? Tá dando o que é seu, por acaso? Ou seja, até no caso da sua ignorância pérfida proceder, ainda assim você estará errada em julgar e falar.
Isso me frustra e em época de estresse me dá taquicardia. O que uma mulher ganha falando mal de outra mulher? Por que fazer isso? Por que não ter empatia e até admiração pela outra? Por que ela é diferente? E daí! Há sempre algo de encantador nas diferenças e algo de recalque em criticas infundadas. Inveja, inclusive.
Agora, quanto ao feminismo, umas questões: Você acha desnecessária essa imposição de padrões de beleza? Você acha que é possível uma mulher viver sem ter filhos? Você acha que a personalidade feminina não se liga ao quanto ela transa à noite? Você acha que nem toda mulher vive caçando homem rico pra lhe sustentar?
Você acha que toda mulher “é pra casar” desde que queira casar e que se “fazer de santa” é mote para conquistar macho machista? Você acha que a mulher deve escolher com quem transar e namorar sem ser mal julgada? Você acha que mulheres não precisam seguir um guia de comportamento: nasce, brinca de boneca, vira mocinha, namora, estuda, casa, cuida do marido e dos filhos, arruma a casa todos os dias e nunca bebe, fuma ou fala palavrão?
Você acha que uma mulher pode ter o seu salário e ser independente? Você acha que as mulheres devem ser respeitadas pelo que fazem em seus ofícios e não pelo tamanho dos seus peitos ou condição financeira do marido?
Você acha que lugar de mulher não é no tanque ou no fogão, mas onde ela quer? Você acha que só covardia justifica agressão física de um homem (sempre superior em forças), contra uma mulher?
Você acha que as mulheres não são obrigadas a se vestir, usar maquiagem, e mudarem o seu corpo só para agradar aos homens? Você acha que mulheres e homens devem ganhar o mesmo e serem julgados com os mesmos pesos e medidas? Se você respondeu sim a uma dessas perguntas você é feminista. Chega de dizer que o feminismo é o oposto do machismo.
Não é, feminismo é querer que as mulheres sejam julgadas pelo intelecto e respeitadas por serem quem são, sem a desconsideração de diferenças inatas, como a força física por exemplo. Feminismo é querer igualdade no igual e respeito as diferenças básicas.
Enfim, o feminismo visa reconhecer que temos direitos, que somos dignas e não meros pedaços de carne expostos num açougue de beira de estrada, o resto não é feminismo, é radicalismo desnecessário. Não julgue o todo por uma parte. Simples.


Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 28 de maio de 2015.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Shopenhauer, eu e minha impaciência com covardia.

Shopenhauer, eu e minha impaciência com covardia.

Não tenho paciência para quem reclama do que permite. Diante do que lhe descontenta você tem dois caminhos a seguir: se resignar calado ou se rebelar, agir, fazer algo e colaborar com a possibilidade de mudança. Não admito e nem admiro pessoas que reclamam, mas não agem, não fazem a sua parte para colaborar com a mudança que, dizem, esperam.
Sim, apenas dizem, porque no mundo em que vivo quem deseja que algo mude se posiciona e toma alguma atitude, afinal palavras e reclamações sem atitude não servem e nunca servirão para nada só para caracterizar covardes reclamantes.
Disse Arthur Schopenhauer: “O homem só pode ser si mesmo por completo enquanto estiver sozinho; por conseguinte, quem não ama a solidão, não ama a liberdade; pois o homem só é livre quando está sozinho. Cada qual evitará, suportará ou amará a solidão na proporção exata do valor de seu próprio ser. Porque na solidão o mesquinho sente toda a sua mesquinhez, o espírito elevado toda a magnitude de sua grandeza; em suma, cada qual sente aquilo que é. O que faz os homens sociáveis é sua incapacidade de suportar a solidão e, nela, a si mesmos.”
Schopenhauer foi o primeiro filósofo que li! Um livro que era da minha mãe e peguei aos 10 anos de idade. Sobre o assunto, uma grande verdade: sozinhos somos nós mesmos, não temos outra pessoa para tentar enganar, para nos fazermos de fortes, realizados, equilibrados e inteligentes.
Sozinhos somos quem somos! E o insuportável não se suporta sozinho. Ele precisa do barulho alheio para suportar a sua própria existência. Sim, isso é triste! Muito triste, tristíssimo. E é por isso que eu não me rebelo contra aquele que sempre acatou o chato e ousa reclamar dele. Existe algo nele de chato. Ou de covarde. Num ou noutro caso, não merece meu prezar.


Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 27 de maio de 2015. 

Trova barata.

Trova barata.

Uma pessoa lhe galanteia. Você diz que não se interessa por alguns motivos pessoais. A pessoa pede para você lhe dar uma chance de lhe conhecer. Então você pensa que amizades não se descartam e não exclui e nem bloqueia.
Passam os dias o indivíduo diariamente lhe chamando, chega um dia que você está assoberbada e nem responde. Quando vê as mensagens diz que está numa "correria louca" e ouve que você precisa de um banho quente, uma massagem e um vinho. E pergunta que hora encerra seu expediente.
Como assim? Você lê e pensa de forma grosseira: "Homens e seus egos inflados achando que são melhores enólogos que você e que tem mãos e outras partes de ouro! Discurso pronto pra mulher carente e desesperada!". Então você conta para a sua melhor amiga, no caso, sua mãe do galanteio e ela diz: "Esses homens estudaram na mesma escola!".
Você vai responder e desiste. Já dispensou o rapaz com educação há dias, ele se fez de desentendido e agora fala como se fossem íntimos?! Licença. Sou ocupada demais para responder.
Se quer conhecer alguém que, a principio, não lhe quer, chegue como amigo! Junte-se aos amigos dela, coma batata frita e tome cerveja num boteco! Não ouse galantear para levar para casa a mulher que nem cogitou de lhe beijar.
Tenha paciência e esmero na conquista. Por mais pobre que você ache que a mulher seja ela sempre terá um chuveiro quente em casa, um vinho razoável e cinquenta reais para pagar uma massagem. Essa trovinha, literalmente barata não é hábil a conquistar uma mulher que se preze.


Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 26 de maio de 2015. 

terça-feira, 26 de maio de 2015

Bom senso e elegância!

Bom senso e elegância!

Elegância é ter bom senso! Você não precisa ser magra, se matar malhando na academia e se turbinar inteira com silicone ou reduzir medidas com plásticas, você deve se gostar e, sempre, ter bom senso!
Nem tudo que fica lindo na mulher alta ficará lindo na baixa, nem tudo que fica lindo na magra ficará na gordinha! Ando vendo no facebook um festival de mulheres usando "cropped" sem ter um corpo condizente com aquilo!
Barriga feia e aparecendo não dá certo amiguinha! O mesmo com calças de cós alto, se o quadril não ajuda: desista! Encontre seu estilo, conheça seu corpo, tenha bom gosto e seja feliz como você é, sem precisar assassinar os olhos alheios usando uma roupa que lhe aleija.
Não existe mulher, sem Photoshop, com corpo perfeito, existe mulher que conhece os seus defeitos e os disfarça com elegância. Bom senso, antes da moda, deve ser o seu foco!
Nem tudo o que está na moda é para o seu biótipo, assim como nem tudo que é para o seu biótipo esta na moda! Aprenda a ter estilo, a descobrir peças coringas, a valorizar o que tem de belo sem se escravizar ao que as revistas trazem e as lojas vendem. Ah, e nunca confie nas gerentes de loja que dizem que você está linda! Pense muito antes de comprar uma roupa. Enfim querida, bom senso sempre!

Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 26 de maio de 2015.


O ônus do amor e a maternidade.

O ônus do amor e a maternidade.

Há algum tempo eu era apaixonada por um homem mais velho do que eu que se negava a agir como pai do filho cuja paternidade reconheceu, forçadamente, por conta de exame de DNA. Eu brigava muito, muito com ele por isso!
Eu era jovem, achava que podia mudar o mundo, mais, eu achava que eu era mais certa do que muitas pessoas por aí! Com o passar dos anos, junto com uma dose elevada de maturidade eu ganhei humildade, conquistei um total repudio as “donas da verdade”, diga-se, que é o que eu fui até meus 28, 29 aninhos.
Bem, de toda forma fato é que amar traz preocupações e muitas inquietudes! Amar envolve uma responsabilidade tão grande que, francamente, nem todos tem tal preparo!
Eu fui acostumada a amar meus pais, me preocupar sempre mais com minha mãe que é quem sempre esteve fisicamente próxima a mim. No máximo tive alguns amores escolhidos por mim e dois gatos. Isso é cômodo, porque eu me preocupo comigo e com poucos seres!
O amor, o convívio e o afeto trazem inúmeros benefícios, mas não olvidemos das responsabilidades a ele inerentes e, com elas, as preocupações! Amar às vezes dói, amar faz perder o sono, amar faz a gente ter medo de o outro sofrer, se decepcionar e, ainda, de nos frustrar!
O amor nos faz bem, nos enternece, mas você já parou para pensar no seus ônus? No quão nervoso você fica temendo pelo outro e preocupado com o outro. Amar é mudar a alma de casa, ouvi certa vez. Amar, na verdade é estar em nós e no outro ao mesmo tempo. E como tal, rimos e choramos por nós e pelo outro e, ainda, pelo que esperamos do outro, afinal, nós podemos estar nele, mas não “sermos” ele.
As decisões e os atos cruciais serão tomados pelo outro na sua vida, é preciso deixar livre para amar de verdade, é preciso não esperar que o outro aja como nós agiríamos, é preciso compreender suas decisões por mais erradas que nos pareçam.
Enfim, ser mãe? Só de gatos, pois seres humanos são imprevisíveis e perigosos demais. A gente sabe o que é bom para eles, mas eles precisam aprender para fazer o bem para eles mesmos, enquanto isso sofrem e a gente sofre junto, enfim, maternidade, me pule!

Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 26 de maio de 2015.



domingo, 24 de maio de 2015

Escondendo a poeira.


Escondendo a poeira. 

Acho algumas pessoas estranhas, na verdade, elas me causam uma espécie de desconfiança e temor. São essas que não falam de si, que não se abrem, que são fechadas, mas que falam dos outros, da vida e das dores alheias.
Eu sou da opinião de que falar alivia dores emocionais, contribui para nosso autoconhecimento e evolução. Mas falar de si, trocar experiências com humildade, revelar-se, obviamente, a quem merece sua confiança.
Por que falar das dores alheias, da vida alheia e do que se passa com quem não tem nada a ver com a sua vida se é possível compartilhar ideias e vivências? Falar e ouvir o outro? Eu acho isso muito mais digno do que sentar-se ao redor de uma mesa e falar mal da vida alheia.
O que você viveu ou vive não é motivo para ter vergonha, para esconder. Você deve ter vergonha, isto sim, de se esconder atrás de uma pretensa perfeição e usar seu tempo criticando os outros.
Aliás, nada indicia mais a ausência de boa resolução da pessoa consigo mesma do que esta mania infame de criticar, de apedrejar, de ser analista e julgadora da vida alheia enquanto guarda a poeira dos seus problemas, dos seus recalques e de suas histórias embaixo do tapete da “excelência” e perfeição.
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 24 de maio de 2015.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Pequena crônica da honestidade do homem consigo.

Pequena crônica da honestidade do homem consigo.

Cá estava eu fazendo umas petições e uma dela me fez “viajar”! Sabe qual é o nosso problema? Nosso, como seres humanos? É que a maioria de nós sabe bem como deveria ser, como deveria agir, mas não é e não age.
Logo, diante de certas circunstancias, acaba tentando agir como deveria, mas não como, no fundo quer, seja por algum sentimento irracional, seja por qualquer sandice humana afim.
E é assim que terminamos agindo mal com as pessoas: dizendo que pensamos o que não pensamos, o que deveríamos pensar ou não pensar, que sentimos ou não sentimos o que deveríamos sentir ou não sentir, que fazemos ou não fazemos o que deveríamos fazer ou não fazer.
Afinal das contas, pra que isso? A gente pode enganar aos outros e não a nós mesmos e, para ser sincera, quando resolvemos ser honestos conosco terminamos desapontando aqueles a quem, desnecessariamente (ninguém paga nossas contas, se alguém paga a sua, então obedeça, afinal, dependência é submissão!) tentamos agradar agindo da forma com que deveríamos, mas não queríamos.
Honestidade consigo mesmo evita inúmeros males, vergonhas e mágoas! Antes de pensar em agradar ao mundo ou aos outros, pense, profundamente, no que você quer e em como irá se sentir agradado. Não convém deixar-se de lado.
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 22 de maio de 2015.   

Amor, admiração e convívio.

Amor, admiração e convívio.

Eu acredito em tesão, em paixão, em antipatia a primeira vista, mas amor, amor não! Amor não surge de um olhar, a paixão talvez. Amor de verdade, amor para ser amor, requer admiração e para admirar é preciso conhecer.
Enquanto você admira só a beleza, a aparência e a postura, você não ama, você se atrai, você se encanta. Amor é o que surge após, quando até de olhos fechados e no escuro você pode conversar e se divertir com o outro.
Enfim, eu tive uma vida recheada de paixões, algumas a primeira vista, outras a terceira, mas todas intensas paixões! Houverem as que duraram anos, houveram as que me fizeram usar aliança e as que duraram meses, com muita lealdade e respeito mútuo (isso sempre!).
Porque a gente só ama o que admira e admiração requer conhecimento, contato, dia a dia, requer ver que o outro era o que desejávamos e nos aparentou ser naqueles momentos pretéritos em que a paixão pululou em nós!
O amor não surge necessariamente com o tempo, ele surge com o descobrimento do outro e nada pode ser mais útil para isso do que o convívio, um dia após o outro, muito dialogo, algumas vivencias. O amor não apenas se constrói, ele se descobre no convívio, quando a gente olha para o outro e pensa: "Que ser humano admirável!".
A paixão é do corpo, a admiração é da mente e o amor nasce de ambos e, para tanto, demora. Vivi paixões, porque ao ver que não haveria admiração, brevemente desistia. Gosto demais de mim, da minha companhia e paz para desperdiçar tempo com quem não cativa minha alma e minha mais profunda admiração.
Se alguém me perguntar se eu quero um "amor", direi que não! Apaixonados usam está palavra, logo se for para inserir alguém em minha vida eu quero mesmo é admirar e ser admirada. O resto é elementar a qualquer beijo na boca (ninguém beija o que não desperta atração).
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 22 de maio de 2015.   

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Rivalidade feminina e machismo.


Rivalidade feminina e machismo.

Sabe essa rivalidade feminina? Aquela que faz com que você fale mal da conduta da amiga ou conhecida para o namorado para mostrar-lhe como você é respeitável, inteligente e “especial”?
Aquela que faz com que duas amigas disputem, tacitamente, a atenção dos rapazes na balada, se oferecendo cada uma a sua forma? Aquela que faz com que as mulheres, imbuídas de extremo machismo, digam frases como: “Mulher é bicho besta”, “mulheres são muito materialistas e manipuladora”, “mulheres são invejosas”.
Essa rivalidade que faz com que “membros” do mesmo gênero se depreciem e se digladiem só serve para beneficiar ao machismo, aos homens machistas e idiotas que, quando querem que a companheira pare de pensar e de obter opiniões racionais, começam com o lance de que as amigas tem inveja dela e assim por diante.
Até hoje não conheci uma vitima de homem sociopata que não fosse afastada das amigas por conta da rivalidade que, ciente que existe entre as mulheres, o individuo usa a seu favor para ser o “rei” na vida da criatura que deixou todas as conhecidas de lado, porque elas não “prestam”, porque elas são “invejosas”, porque são “competitivas e não querem o seu bem”.
Enfim, só quem lucra com a rivalidade feminina são os homens machistas. Os homens machistas e de quinta categoria. Desses que agridem a parceira verbal, psíquica, moral e fisicamente. Ah, sabe por que eu falo em “homens machistas”? Porque nem todos os homens são machistas, existem mulheres mais machistas do que muito macho por aí!
Quem nunca conheceu um homem separado que coloca todos os deméritos do casamento na ex? Ela era isso, era aquilo, era aquele outro. E, assim, ele esconde quem ele realmente é, se enaltece e você fica com raiva de uma coitada com a qual nunca conversou e desconhece as suas razões. Você nunca conheceu alguém assim? Pois eu sim, vários, na verdade!
Vários que apedrejam as ex e se fazem de excelentes homens até eu ver que não são e pensar: “Coitada da ex dele, foi por isso que não quis mais.” Valorize, respeite e tenha empatia pelas outras mulheres! É démodé demais menosprezar o próprio gênero criticando a conduta alheia!
Cuide do seu umbigo e conduta e pare de falar mal das outras, de querer competir e usar artifícios vis para rebaixar as demais. Se as mulheres fossem unidas e respeitosas entre si quanto os homens são, não seriamos vítima do machismo que perpetuamos ao rivalizar.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 21 de maio de 2015.   

A pílula da racionalidade.

A pílula da racionalidade.

Eu queria que existisse a pílula da racionalidade! Aquela que, quando tomada, faz as pessoas pensarem, raciocinarem, agirem com respeito a elas mesmas, amarem sem ensandecerem, doarem-se sem prejudicarem-se, envolverem-se sem perderem-se de si mesmas, agirem, enfim, em todos os aspectos, de forma plausível, equilibrada, e, obviamente, racional!
Se esta pílula existisse eu largaria o magistério e a advocacia e viraria representante comercial do “medicamento” quando não uma “doadora” do mesmo, porque, sinceramente, lamento muito ver pessoas se prejudicarem pelo que chamam de amor e paixão, manterem-se infelizes pelos filhos ou por qualquer outro motivo que, na realidade, não justifica suas agruras, lamentos, prejuízos e falta de paz.
Às vezes me parece que as pessoas não gostam de pensar, superestimam o que sentem sem perceber que sentimento não leva à felicidade se a racionalidade não andar ao seu lado.
Tem quem ache que é possível viver um grande amor sem ser racional. Eu acho que é possível viver uma relação doentia sem ser racional. Daquelas que briga na sala e se entende no quarto. Não nego que tais relações são até emocionantes: quando você não está feliz pela reconciliação, está furioso pela briga. É o tal de altos e baixos que instiga! Mas cansa, ao menos a uma pessoa madura. Após viver uma relação doentia você nunca mais deseja algo assemelhado.
Com o passar do tempo a gente quer mais de um relacionamento, a gente quer risos na sala, vinho no jantar e sexo no quarto. Sem aquela coisa doentia do “briga” e reconcilia, repudia e abraça. E sabe, por que existem relações assim?
Porque as pessoas não admiram o parceiro, não tem reais afinidades de gostos e metas. E, claro, não se dão ao devido valor e respeito. Ou seja, como admirar sem ser racional? Como exigir respeito sem se respeitar? Impossível! E é por isso que a pílula da racionalidade faria bem a muitas pessoas.


Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 21 de maio de 2015.   

terça-feira, 19 de maio de 2015

Lauda e Hunt.

Lauda e Hunt.

Sábado à noite me peguei assistindo ao filme “Rush- No limite da emoção”, baseado na história real vivida pelos pilotos de fórmula 1 no GP de 1976, Nick Lauda e James Hunt. Dois opositores que tinham respeito um pelo outro e vidas muito, muito diferentes.
Hunt era o moleque, o metido a pegador, o galinha, o intenso! Hunt era interessante, mas, ao menos como homem, ele era tudo que um exemplar do sexo masculino deve ser antes de ser chamado de homem!
Lauda era um lord, um homem determinado, educado, responsável! Um ser que amava a si mesmo, embora não tivesse a aparência atraente do “concorrente”. Hunt era bonito e talentoso, mas se jogava aos ratos. E as ratas.
Excesso de bebida, festas, mulheres. Ele sabia que era rico, talentoso e bonito, mas, apesar disso tudo, se amava e valorizava menos que o Lauda. O Nick Lauda sabia que era competente, que tinha garra, que era capaz de tudo se quisesse, mas nunca quis o que fosse capaz de lhe tirar das pistas, da esposa e da vida que amava.
Um homem com “h” maiúsculo, um homem que deveria ser o espelho de qualquer Hunt, um homem atraente, não pela aparência, mas pela postura, conduta, inteligência. E, por acaso isso se compra? Não, não compra.
O que o Hunt tinha, dinheiro comprava, o que pertencia à Lauda, dinheiro nenhum neste mundo poderia comprar. E, foi por isso que, após assistir o filme, ele adquiriu uma fã! Mesmo queimado, machucado e com a aparência deformada ele nunca deixou de se garantir. Merece eternos aplausos!  
E o James? Este merece ganhar uma fã, porque, no fundo, sempre reconheceu a superioridade do adversário como homem, tanto que, nos bastidores o defendia, tanto que sempre teve por ele respeito. Hunt parecia, mas não era orgulhoso, enfim ele seria um excelente Lauda, digo, um excelente homem.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 19 de maio de 2015.   

Pobrefóbicos.

Pobrefóbicos.

Você não pode estigmatizar o pobre quando ele não teve as mesmas oportunidades que você! "Ah, mas tem pobre acomodado, que espera receber tudo de graça!". Sim, tem, claro que tem!
Mas também tem rico preguiçoso que se não fosse a fortuna do pai seria... Ora, ora, vejam só: um pobre preguiçoso e acomodado! O comodismo é uma falha que independe do poder aquisitivo para existir; logo, olvidar da injustiça social é um erro maior, muito, muito maior.
Significa que você parou de questionar e acomodou a sua mente! Que tristeza, né!? Além de intelectualmente preguiçoso ser um idiota "pobrefóbico". Ai que dó! Um minuto de silêncio pela morte de seu bom senso.
É lamentável ver pessoas que tiveram todas as oportunidades do mundo criticarem quem teve de pouca a nenhuma ou, simplesmente, generalizarem a inercia de alguns. É ridículo ver pessoas privilegiadas criticando quem não teve privilegio nenhum.
Para exemplificar este abismo me cito como exemplo: sempre estudei em bons colégios, sempre fui dedicada. Ao me formar em Direito meu sonho era advogar e seguir carreira docente.
Fiz uma pós-graduação em seguida, na qual meu pai ajudou parcialmente. Coincidentemente meus pais se separaram após tal ocorrência e eu sempre me coloquei na obrigação de ajudar a sustentar minha mãe (parou de trabalhar quando casou e tinha mais de 50 anos ao separar-se, sem ter, sequer contribuído para o INSS). Sendo assim, nunca pude deixar de trabalhar na advocacia para fazer Mestrado. E, por ser mulher, nunca fui esperta o suficiente para faturar muito nos meus primeiros 5 anos de formada.
Ah, eu poderia fazer o mestrado em universidades publicas? Sim, mas e a locação, transporte, comida! Eu não conseguiria e, de fato, não consegui. Você acha que eu me esforcei pouco? Meus colegas abastados, após a conclusão do ensino superior foram sustentados no mínimo 2 anos pelos pais para fazerem curso preparatório para concurso, mestrado, doutorado. Eu não pude e eu sempre quis e envidei esforço, mas não consegui. Era humanamente impossível, para ser exata.
Então você acha que eu não sou pobre? Realmente, sempre tive tudo o que desejei na minha infância, mas, não pude conquistar o que eu mais queria, porque existe desigualdade social que nenhum riquinho de direita vai me convencer que não existe!
Posso nunca ter passado necessidade básica, mas sinto na pele aquele velho brocardo: “dinheiro faz dinheiro” e isso não depende da minha boa vontade, é da vida, é do mundo, é elementar a um mundo desigual, portanto, antes de falar asneiras menosprezando os menos abastados, tente usar o cérebro, aprender ou reaprender a usá-lo. Acho digno!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 19 de maio de 2015.   

“Mulher que não dá voa.”

“Mulher que não dá voa.”

“Mulher que não dá voa.” Você já viu alguma voando? Pois é. E mais, mulher segura de si, mulher sincera, mulher espontânea e que gostou de você pode transar no primeiro encontro. E isso não faz dela vadia, assim como não fazê-lo e postergar um mês não fará dela uma santa.
A demora deveria, inclusive, suscitar desconfiança (se você fosse mais inteligente): Ela é virgem? Se a resposta for não, das duas uma: ou você é ruim de pegada ou ela quer fazer de conta que é “diferente” das demais que você conheceu. Quer criar em você está ilusão!
E homens adoram essa ilusão e é por isso que eu vejo muito macho achando que namora uma santinha que, na verdade, é mais sem escrúpulos do que a minha amiga que conheceu o namorado e transou no primeiro encontro.
O ego é um grande problema para os homens e as mulheres sabem como lidar com isso, sabem como enaltecer, como fazê-los sentirem-se especiais, então, se acharem por bem, vão aplicar o “golpe” da santinha!
Golpe que convence, mas não a faz melhor por isso, faz isto sim, de você um babaca machista, manipulável e imaturo. E diga-se que é um golpe aplicado quanto melhor (leia-se, mais conhecido) for o seu sobrenome, a sua profissão e o seu carro, porque daí você é “pra casar” e a mulher vai se “fazer” bonitaço pra lhe iludir! Não se esqueça da palavrinha que lhe define, amiguinho: “manipulável”! A moralidade de uma mulher bem resolvida e independente não se afere por tal fato, jamais!
Se eu acho que sexo no primeiro encontro deve ser a regra? Não, muito pelo contrário, só tenho a plena convicção que, num mundo de aparências, em que todos sabem que o “fazer de conta” tem peso, talvez as mulheres mais interessantes sejam as que se conhecem a ponto de não se recriminarem pelo momento em que resolvem transar. Sou feminista, mas ainda não tenho tal maturidade! Um dia eu chego lá, porque o rumo da vida é pra frente!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 19 de maio de 2015.

sábado, 16 de maio de 2015

Se valorize!

Se valorize!

Não permita que alguém queira lhe mudar. Se ame, se valorize, se respeite! Pessoa alguma nesse mundo pode ser tão boa a ponto de não lhe aceitar como você é e, apesar disso, ser por você “estimada”!
Aceitação é sinal de afinidade e afinidade é o rumo do amor, da constância, do afeto e, sobretudo, do respeito. Nada pode ser mais ofensivo do que ter alguém tentando fazer você ser o que não é, do que ter alguém que, por tentar lhe mudar, deixa claro que não gosta de você como você é.
Preciso dizer que uma pessoa assim não merece o seu prezar, o seu afeto, a sua presença e, sobretudo, o seu sacrifício? Não aceite nada no estilo “eu gosto de você, mas...”! Mas vá se catar se você me quer sendo algo que não sou! Simples.
Se conheça meu caro, se dê ao devido valor que você verá que é melhor estar só do que estar com alguém que quer fazer de você outro ser à sua imagem e semelhança. Seja quem e como você é, quem merecer o seu amor, vai amá-lo assim, sem “postular” modificações de traços que são e sempre foram seus!
Quem ama, ou, ao menos, quem sabe amar, quem tem maturidade forte o suficiente para lhe fazer feliz não irá lhe exigir mudanças ou cobrar algo: ou vai lhe aceitar, por prezar, ou lhe deixar, por não suportar.
Entenda que dentro disso tudo qualquer ato é mais digno do que o de tentar modificar a personalidade, forma de agir, ser e pensar do outro. Fuja ou fique, mas não empreite modificar alguém. Quem, afinal, gosta de ter seu jeito e gênio cerceados? Respeito meu amigo, todos merecem!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 17 de maio de 2015. 

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Que seja breve!

Que seja breve!

Duas verdades: antes cedo do que tarde e antes tarde do que mais tarde. Seja objetivo, observe, analise! Uma pessoa madura não precisa permanecer com alguém por mais de alguns meses para aferir as diferenças que poderão arruinar a relação e, assim, corajosamente, dela se evadir em respeito a si e ao seu direito de encontrar algo com ela mais afim.  
Uma pessoa segura de si e não carente não precisa insistir por medo da solidão, do que os outros irão pensar ou por alguma hipocrisia assemelhada. Não insista amiguinho, você não é obrigado!
Você tem como obrigação ter paz, dormir em paz, acordar em paz, sorrir, ser feliz, não é obrigado a suportar, a tolerar, a aceitar o que não lhe faz plenamente bem. Se ninguém é perfeito? Não, mas uma coisa eu garanto: existem pessoas do seu número! Existem pessoas que se encaixam em você, que combinam com você, que são afins com você!
Só afinidades justificam a manutenção de um namoro, a evolução para um casamento, porque, não importa o quanto você seja apaixonado ou creia que ame alguém, se não houverem afinidades a relação não será prazerosa, será adoentada, complicada, e ninguém merece isso.
Ah, mas você teve filhos? Arque com tal ônus, quem mandou tê-los? Qualquer término e recomeço é muito mais difícil com crianças. Elas não seguram casamento feliz, por isso as pessoas deveriam pensar bilhares de vezes antes de tê-las, porque é um vinculo vitalício entre duas pessoas que “não deram certo mais” juntas. Se não pensou antes de ter filhos, deverá pensar muito antes de separar-se, porque o seu fardo, meu caro, ninguém é obrigado a carregar.
Enfim, maturidade é saber no que insistir, é saber se vale a pena insistir, é gostar de estar com o outro, gostar de como o outro pensa, vive e age, é ser indulgente, é conseguir compreender o que existe de diferente e ser gamado pelas semelhanças. Selecione suas escolhas e, posteriormente, suas batalhas, porque você não é personagem de Shakespeare para fazer o drama “valer a pena”.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 15 de maio de 2015.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Bebezões!

Bebezões!

“Para homem infantil dá Mucilon e não moral”. Convenhamos que homem precisando de cereal do tipo existe aos montes! O sujeito fica com uma, galanteia outra, namora ou mora com uma flerta com qualquer ser que use saias, mal termina uma relação e sai a caça de uma mulher para exibir para a ex, não larga o "osso", diz que ama em menos de 15 dias (acha que engana quem baby!).
Enfim, o bebezão confunde tesão com paixão, paixão com amor, desejo com admiração, bunda grande com ideias curtas, beleza com vulgaridade, educação e simpatia com flerte, etc.. Acha que todas as mulheres são iguais a subespécie do gênero feminino que ele diz que “pega”!
Ou seja, crê que todas as mulheres são imaturas, carentes, desesperadas, fáceis de serem conquistadas, fáceis de serem levadas para a cama e enroláveis. Jovem, com mulher de verdade não se fala em rolo! A gente não é papel higiênico para ser enrolada, para sair meses com você sem um feedback que preste. Mulher é mulher, menina é menina e quiçá essas tomem Mucilon com você! Simples!
Enfim, ainda tem quem diga que eu preciso "ter paciência com homem" para não morrer sozinha. Grande coisa, antes morrer sozinha e com a tez radiante, independente e alegre do que casada, gorda e enrugada de tanto estresse com marmanjo bobo, egoísta e inconveniente! Eu não me contento com pouco e se eu quisesse criança eu adotaria uma! Está para nascer um homem por cuja presença eu rogue ou cuja ausência me faça chorar. Espero, no entanto que os infantis se afastem e que os maduros tomem o seu lugar, porque enquanto isso eu vou continuar conhecendo mais profundamente e, posteriormente, fugindo de bebês gigantes. Sem dó, afinal ninguém paga as minhas contas ou vale o meu estresse! Se eu tenho preguiça até de ir à geladeira, mais ainda de sofrer ou de me estressar por alguém.
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 14 de maio de 2015.

Pare! Pare de ser inconveniente, baby!

Pare! Pare de ser inconveniente, baby!

Você que se acha um poço de sabedoria, que acha suas opiniões tão essenciais e a si mesmo tão sábio que sai distribuindo conselhos por aí, você que não analisa seus próprios erros e o que chama de "pecado", mas adora criticar os alheios.
Você que acha que existe uma "justiça divina" que será dura com os outros, mas não cogita da mesma "justiça" em relação aos seus erros e a todas as vezes que agiu de forma egoísta e ignorando os sentimentos alheios.
Você que adora falar mal dos outros pelas costas e apontar seu dedo "santo" na cara de quem você acha que age ou vive errado, você que não diferencia falta de educação de franqueza e crê que tudo o que pensa é verdadeiro, imutável e certo.
Enfim, simplesmente pare! Pare que "tá" feio! Vai procurar um psicanalista, um novo emprego, uma ocupação honesta, vá ler literatura que preste, estudar, carpir um lote e, por favor, esqueça-se da vida alheia ou deposite dinheiro na conta de quem você julga e em cuja existência você opina.
Assim você adquire o direito de ser "enganado" no sentido de que a sua opinião não é o que de fato é: ignorante, estúpida e desnecessária. Tipo, dará até pra fingir que tem relevância intelectual e prática e ouvi-la sem risos.
Tenho preguiça para gente arrogante, que anda de nariz empinado, que se acha a pica das galáxias. Também tenho preguiça e muito pouca paciência com gentinha convencida que se mete na vida alheia.
Aliás, sempre tive tal preguiça e hoje em dia ainda tenho preguiça de conviver com gente que "paga pau" pra criatura que se acha o suprassumo do universo e não é, porque se tivesse em si algo de valioso teria humildade, alegria e graciosidade, não arrogância, petulância, mau humor e grosseria. Enfim, conviver com seres humanos às vezes me da uma preguiça tão grande que beira a sonolência!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 14 de maio de 2015.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Com licença mulherzinhas e homenzinhos, obrigada!

Com licença mulherzinhas e homenzinhos, obrigada!

Já conheci homens que achavam que seu dinheiro e sobrenome me prenderiam. Já conheci os que achavam que o sexo e o senso de humor bons me prenderiam. Outros achavam que o fato de serem (bem) dotados financeira, intelectual e fisicamente seria algo que me fizesse apegar "forever".
Existiram os que achavam que um "dr." ou (mais de mil) "hectares" aliados a certa cultura me prenderiam. Enfim, me relacionei com pessoas tolas, porque a conquista de uma mulher inteligente, madura e bem resolvida envolve muito, muito mais do que isso aí citado.
Envolve olhares encantados, daqueles que fazem uma mulher sentir-se verdadeiramente amada, sem precisar de palavras doces ou atitudes românticas. Envolve exclusivismo, atração, maturidade, carinho, admiração e respeito. Compaixão, empatia e amor, sobretudo.
Para todo o resto existe um: "Com licença, prefiro ficar sozinha, você não é tudo o que desejo. Com licença, sua maturidade é frustrante, com certeza, se você fosse um ser humano bem resolvido seria a pessoa mais milionária e bem dotada de falo do mundo, mas não é, e o inverso eu dispenso."
Dai você, amiguinha mulherzinha que tem seus conceitos embasados no machismo, na carência e na necessidade machista que faz a mulher querer “ter um homem” me diz: "Ai, amiga vai morrer sozinha!".
E eu, do alto do meu autorrespeito, amor próprio, autoconhecimento e apreço pela alegria, independência emocional, financeira, afetiva e felicidade que já existem em minha vida, respondo: "E dai? Antes só! Morrerei feliz e não suportando o que não é admirável, mas tolerável. Licença querida, eu não preciso disso. Obrigada.".

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 13 de maio de 2015.