Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

segunda-feira, 31 de março de 2014

Justa

Justa 

Eu gostaria que a vida fosse justa, que pessoas boas tivessem o que é bom e que pessoas frias e egoístas sofressem, mas não é assim. A vida não é lógica e, aqui, nem sempre os bonzinhos vencem. 
Pessoas com grande capacidade de empatia, não raras vezes se decepcionam, quebram a cara e não amealham riquezas materiais, por isso tem quem diga que “o mundo é dos espertos”, por exemplo. 
Todavia, o que de valor se ganha com o que só dá lucro? Dinheiro, bens materiais e etc., claro! Mas será que na alma humana e no “final das contas” vale a pena deixar a bondade, a compaixão, a doçura e a decência de lado em prol dele? Muitos pensam que sim, eu creio que não. 
Consciência tranquila é um sonífero que não se compra, não tem efeitos colaterais e, em caso de dependência, os resultados são os melhores. Eu recomendo! 
Cláudia de Marchi 
Sorriso/MT, 31 de março de 2014.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Elogios II

Elogios II

Elogios animam, criticas negativas e mal colocadas desestimulam. As pessoas deveriam saber melhor o efeito que um bom elogio causa no amigo, no companheiro, e, principalmente, no funcionário. 
Não adianta nada lastimar o que foi perdido se não houve demonstração de valorização. E ninguém fica onde não é valorizado. Pessoa alguma "não tem opção melhor", a concorrência existe em todos os aspectos da vida e quem não valoriza, perde. 
Ninguém suporta por muito tempo um relacionamento em que, apesar da doação, não há retribuição de carinho, de afeto, de palavras doces. Não se trata de exigência de gratidão, mas de um anseio humano natural em ver a reciprocidade do empenho, amor, carinho e dedicação que tem. 
Assim nas amizades, nos namoros, nos casamentos como nas relações de trabalho. O bom perderá a boa vontade em dedicar-se quando perceber que não é valorizado, que é tratado como qualquer incompetente que se “faz” de competente. 
O elogio é, portanto, a melhor forma de incentivar as boas atitudes do filho, da criança, do amado e do empregado. Se você quiser ter um filho rebelde reprima as más condutas e não elogie as boas. Será natural que a criança pense: “Por que quando faço tudo certo ninguém fala nada? Só falam quando erro? Logo, por que me esforçar para acertar?” 
E o mesmo surge na mente do adulto que não se sente valorizado, respeitado e estimado. É praticamente um “silogismo” doente, mas é uma conclusão humana, muito humana. 
Portanto, se você não quer perder o filho para a rebeldia, o parceiro para a solidão ou para outra pessoa e o empregado para outra empresa, elogie e demonstre que valoriza os acertos. Falar só dos erros não leva a nada. A nada de bom. 
 Cláudia de Marchi 
Sorriso/MT, 26 de março de 2014.

Os sem humildade

Os sem humildade 

Como é feia a falta de humildade! Como é triste pessoas mentirem que possuem mais do que tem, que são melhores do que são. Pessoas boas não precisam apregoar virtudes, pobres não precisam envergonhar-se de sua situação. 
Na verdade, quem tem algo não exibe, não expõe, inclusive a própria paz e felicidade, a própria inteligência. Tem coisas que, quanto mais sigilosas e discretas, mais verdadeiras são. 
No entanto eu vejo muito “intelectualzinho de faz de conta” apregoando suas virtudes, seus conhecimentos, elogiando a si mesmos e negando qualquer dificuldade que possam ter. 
Eles não admitem suas fragilidades, eles são fortes, batalhadores, inteligentes e superiores a praticamente todas as pessoas. São um paradigma de perfeição, de justiça e de QI avantajado. 
Essa gente orgulhosa de si mesma me irrita, me anoja! Você deve saber quem você é, você deve ser contente com o que fez, com o que construiu, mas isso jamais vai lhe dar o direito de colocar-se na posição de exemplo de superioridade. 
“O santo deixa de ser santo a partir do momento em que se reconhece como tal”, já li algo assemelhado em algum lugar e nunca mais esqueci. Quem é bom não precisa se “mostrar”, basta demonstrar e contar com o tempo, o único senhor da razão. 
Se ninguém der valor? Azar, infeliz é a pessoa incapaz de reconhecer virtudes, competência e dedicação. Desnecessário, porém é falar demais, expor-se demais e, principalmente, elogiar-se demais. 
 Cláudia de Marchi 
Sorriso/MT, 26 de março de 2014.

Fofoqueiros

Fofoqueiros 

Sabe por que a fofoca existe? Pela maldade das pessoas infelizes que necessitam criticar, inventar coisas e malbaratar ao outro para sentirem-se menos desgraçadas, menos pequenas e menos inferiores. 
Sabe por que a fofoca se espalha? Porque a maldade de quem inventa encontra eco na pequenez de espírito e falta de caráter dos outros. A fofoca tem início no sentimento de inferioridade, de perda, de fracasso. 
 Pessoas felizes e bem sucedidas em suas vidas não criticam as outras e nem inventam mentiras a seu respeito. Pessoas felizes usam seu tempo sendo elas mesmas, curtindo seu doce mundinho, enquanto as recalcadas de vida infame usam suas línguas venenosas destilando veneno para não morrerem afogadas nele. 
A grande maioria dos fofoqueiros são invejosos, mas nem todo invejoso é fofoqueiro. Existem os mais discretos, mais calados e, pode-se dizer, mais inteligentes. O fofoqueiro é o invejoso burro, o invejoso intelectualmente defasado. 
Não lhe basta ter a intrínseca vontade de ser o outro, de ser como o outro e de querer possuir o que ele possui, é preciso ser tosco o suficiente para criticar-lhe e, assim, aos olhos de pessoas mais espertas e inteligentes, deixar óbvio o teor de seu recalque, de sua pouca estima por si mesmo e pela sua própria vida. 
Não bastasse a inveja, a fofoca também é irmã da falsidade. Quase todo fofoqueiro gosta de aproximar-se e fazer-se de amigo do individuo que irá menosprezar e inventar coisas a respeito. Aliás, os fofoqueiros fazem mais fofocas sobre quem lhe considera seu amigo, do que sobre quem não convive com eles. 
Eu disse “quem lhe considera seu amigo”, porque o fofoqueiro não é amigo de ninguém: ele fala mal até da própria mãe. Todavia ele faz de conta que é amigo de todos para poder ter mais "assunto" e fazer mais intrigas. O fofoqueiro, por ser um invejoso nato, não é leal, não é sincero, não é fiel e, por fim, não é nada, nada confiável. 
 Cláudia de Marchi 
Sorriso/MT, 26 de março de 2014.

terça-feira, 18 de março de 2014

Acima

Acima 

Quando seu coração está cheio de amor, quando sua mente está equilibrada, quando tudo na sua vida começa a dar certo, pessoas infelizes, frustradas e problemáticas não lhe aviltam. 
Pelo contrário, você vê as suas atitudes tragicômicas e sente pena, muita pena. É lamentável, mas o mundo está cheio de pessoas psiquicamente doentes, de pessoas ignorantes, maldosas e despeitadas. 
 Pessoas que sentem inveja da sua felicidade, da sua alegria, simplesmente porque as suas vidas medíocres e insossas não mudam, simplesmente porque, de tanto lastimar as oportunidades que perderam elas não conseguem evoluir, elas não conseguem ser plenamente felizes. E isso é triste. Muito triste. 
Ver pessoas emocionalmente capengas tentando atrapalhar a paz alheia, humilhando-se em prol de objetivos vis e maldosos é sempre uma má surpresa, algo que, na realidade, não gostaríamos sequer de tomar conhecimento. 
Apesar de tudo, tendo em vista que não podemos fugir das ocorrências sórdidas da vida, nos conforta e motiva saber que estamos acima dos desejos reles de pessoas de mente adoentada: por mais que elas tendem, elas não roubam o que é nosso. 
Cláudia de Marchi 
Sorriso/MT, 18 de março de 2014.