Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Mudanças, atos e palavras.

Mudanças, atos e palavras.

Não de ouvidos quando uma pessoa lhe diz que mudou, que cresceu, observe seus atos e, apenas assim, você poderá tirar conclusões razoáveis. De gente “inocente” os presídios estão cheios, é pelos atos que se conhece o homem, não pelas palavras.
A esposa arrependida diz que mudou, o namorado relapso diz que amadureceu, o suspeito diz que não cometeu crime algum, enfim, todos querem uma nova oportunidade, uma chance para demonstrarem o que alegam.
A questão é: vale à pena confiar no que você ouve da boca de quem tenta defender a si mesmo? Provavelmente não, pois, no que tange a caráter e evolução pessoal as palavras podem ser indícios, mas apenas as atitudes constituem provas irrefutáveis.
Você pode considerar o que ouve, mas não deve apostar tudo com base no que sai da boca alheia, em especial quando a pessoa tem segundas intenções, enfim, quando ela quer conquistar ou reconquistar a sua confiança.
Falar é fácil, da boca para fora todo mundo é feliz, honesto, decente, equilibrado e inocente. Atos são provas, então preste atenção neles antes de julgar a evolução, o caráter e as mudanças alheias. Mudar não é impossível, mas agir de acordo com a mudança apregoada é raríssimo.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 29 de fevereiro de 2012.

Séria

Séria

Eu sou essencialmente séria, essencialmente romântica. Eu levo as pessoas a sério, levo qualquer tipo de relacionamento a sério, não consigo imaginar os seres humanos como objetos prontos para serem usados a meu bel prazer.
Escolho a solidão, prefiro o silêncio de meu quarto, o vazio na minha cama, o vácuo no meu coração a enganar alguém ou ser iludida por quem não quer nada além de frivolidades banais. Sou séria demais para não ser levada a sério.
Também sou séria demais para relacionamentos “inominados” e fugazes, eu não sei “ficar”: ou eu estou com alguém ou não estou. Fujo do que não tem nome, não tem sentido, não tem o tal de dormir e acordar junto, não tem companheirismo ou admiração.
Não me importo em ficar só, não me importo em passar inverno e verões na minha própria companhia, ou tenho liberdade e confiança para me envolver de corpo e alma, ou é intenso, sério e pleno ou cai no vazio da inexistência, daquilo que poderia ter “sido”, mas não “foi”.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 29 de fevereiro de 2012.

Mais tímida.

Mais tímida.

A vida não me leva o humor, mas esta me deixando mais séria, mais tímida, mais quieta. Brinco, falo besteiras cômicas, mas não me animo a conversar seriamente com quem eu não gosto ou não confio.
Não conto mais nada que eu considere intimo para quem não me conheça intimamente, ando mais calada do que falante e, sobretudo, mais retraída, mais fechada.
O passar dos anos melhorou a forma com que me expresso: sou mais sucinta, mais objetiva, mas, penso mais antes de falar, penso mais antes de agir, apesar de ter mais segurança em mim, existe uma misteriosa timidez a cercear meus atos.
Não se trata da timidez dos orgulhosos e tolos que acham que o mundo converge para seus atos, mas de certo receio em ser inconveniente, em falar desnecessariamente, em ser intrometida, em ser tola. Eu jamais pensei, mas ficar um pouco mais retraída tem suas vantagens: menos palavras, menos gafes.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 29 de fevereiro de 2012.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O novo

O novo

Às vezes você não deixa de amar, você muda de prioridades, você passa a se amar mais. Nem sempre é preciso deixar de amar ao outro, basta amar mais a si mesmo, é isso que faz a diferença!
Quando você prioriza a si mesmo muitas coisas mudam, a sua vida muda, os seus anseios mudam, as suas atitudes mudam e, principalmente, a forma com que você gosta dos outros muda.
Basta que você mude seu foco, mude seus planos, suas metas, seus ideais para, assim, colocar quem, outrora você chamava de “amor”, em outro local. Não precisa dá-lo ao esquecimento, não precisa menosprezá-lo, tampouco malbaratá-lo, basta colocá-lo em um local diferente em seu coração, onde, provavelmente, ele não vai ser priorizado, onde, enfim, não haverá a necessidade de lembrá-lo a todo instante.
Você pode não ter conquistado tudo o que deseja, pode não estar aonde deseja, se consegue priorizar a si mesmo e as suas metas, você esta maduro o suficiente para viver e, quiçá, conhecer um novo amor. Os antigos? Não é preciso esquecê-los, afinal, o que foi bom é inesquecível, basta priorizar o novo, aquilo que “vem”, de acordo com suas novas perspectivas.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 28 de fevereiro de 2012.

Falastrões

Falastrões

Seres humanos se indignam, não gostam de ser julgados, contrariados e criticados, então pense antes de falar! Se algumas pessoas tivessem mais empatia e soubessem a raiva que despertam, se calariam mais.
Existem pessoas que estão sempre dispostas a julgar as outras, a criticar, a menosprezar e a se colocarem num pedestal de perfeição enquanto pisam nos demais com suas palavras ácidas e cheias de arrogância.
Eu tenho desprezo por esses pseudo-santos, julgadores da vida alheia. Ninguém é perfeito, logo, no que tange as vidas alheias as suas, todos deveriam mais calar do que julgar, criticar e, enfim, falar.
Ouça, fale menos. Veja, pense mais. Analise mais a sua vida, o seu telhado, não o dos outros. Se cada um cuidasse do seu não haveria tantos problemas em época de vendavais: vida, cada um tem a sua para dela cuidar.
Pessoas boas e agradáveis são aquelas que falam quando devem falar, quando são indagadas ou quando tem algo de bom a dizer. De falastrões que falam desnecessariamente o mundo não precisa, eles não fazem a mínima falta, pelo contrário, incomodam, irritam e magoam.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 28 de fevereiro de 2012.

Os pais e suas opções.

Os pais e suas opções.

Os homens que, como pais, assumem o papel de mero provedor não são admirados pelos filhos, por mais que se empenhem em prove-los. Filhos precisam de abraço, de conforto, de compreensão, de diálogo, enfim, eles precisam é da presença e do amor do pai, não do seu dinheiro.
Quanto menos presente é o pai, mais ele terá que gastar com o filho, afinal ele irá se tornar um banco disposto a ajudá-lo a resolver os problemas advindos de sua ausência, o que inclui psicólogo e psiquiatra, em não raros casos.
Após o filho se tornar independente, de regra, os “pais bancos” irão oferecer seu auxilio, afinal cultivam algo assemelhando com o sentimento de “culpa”: sabem que podiam estar mais próximos, mas não quiseram, embora tenham trocado o verbo “querer” pelo “poder”, ou seja, não tinham vontade, porém dizem que não “puderam”.
Todo o pai tem duas opções na vida: prover ou amar. É possível fazer os dois, mas uma destas atitudes deverá ser priorizada. O pai que ama, que respeita, que cuida, que zela pelo filho, quando parte desta vida, deixa saudade, boas lembranças e um doce vazio. Feliz do filho que lamenta a partida do pai, porque foi amado e bem cuidado.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 28 de fevereiro de 2012.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Vulgares

Vulgares

Quanto mais uma pessoa precisa chamar a atenção para si, mais frustrada e triste ela é. Entenda meu amigo, os atos vulgares não indicam alegria, mas desespero!
Sabe aquela mulher que fala coisas esdrúxulas, que não distingue o que pode ser alardeado e o que deve ser pensado e silenciado? Sabe a moça que usa roupas vulgares, decotes enormes e vestidos curtíssimos? Ela precisa de atenção, ela vive desesperada para atrair olhares e elogios.
Algumas pessoas precisam atrair a atenção das outras, apenas assim elas se sentem um pouco menos insignificantes. Os olhares alheios alimentam seu ego, a sua auto-estima parca, amenizando a sua carência.
Vulgaridade de palavreado, de visual e de atitude se relaciona a carência, a triste necessidade da pessoa em ter a atenção alheia voltada para si. Não tenha asco, tenha pena das pessoas vulgares, é isso que elas merecem.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 26 de fevereiro de 2012.

Só você sabe!

Só você sabe!

Só você sabe por que se mantém ao lado de alguém, o que lhe é suportável e tolerável, o que lhe atinge, lhe fere, lhe magoa, o que lhe entusiasma, lhe acalme, lhe cativa, o que sofreu, o quanto chorou, os arrependimentos que traz, as frustrações que teve e as metas que se impõe.
Logo, você sabe de si, ninguém mais. Ninguém tem o direito de lhe julgar, lhe criticar, lhe analisar, ninguém esta em sua pele, em seu coração e em sua mente, logo, diante do que você decide, todos devem se calar.
Se é inconveniente? Se você vai se frustrar? Se não “compensa”? Se não é “boa idéia”? Não importa, se você decidiu, tem suas razões, seus motivos, a idéia é sua, logo ninguém tem o direito de dizer-lhe que ela não é boa ou adequada. Pessoas tolas falam, pessoas sábias calam, em especial no que tange as decisões, sonhos e expectativas alheias.
Se for para desistir, se for para mudar de idéias e de rumo, você deve fazê-lo por sua experiência e opinião. Não faça nada, porque alguém falou que você não devia ou devia fazer, se a pessoa opinou quis interferir nos seus planos, por isso ela não merece ser ouvida, a menos que seja uma mãe ou um pai presente, atencioso e amável.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 26 de fevereiro de 2012.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Resigne-se!

Resigne-se!

O que você pensa sobre a vida, sobre as pessoas e seus atos é, apenas o que você pensa! Ou seja, você tem o direito de pensar o que quiser, mas não deve achar que, só porque o ponto de vista é seu, ele supera o dos outros, ele é mais correto e adequado.
Entre a verdade e o que você pensa e acha que ela é existe uma grande distância. A realidade é uma só, é imparcial, todavia, para sabê-la é preciso sentir o que o outro sente, ver o mundo como ele vê, saber o motivo de suas ações, o que lhe impulsiona. Se você não sabe, lamento, mas se resigne em saber que seus pensamentos não mudam nada, são apenas seus, nem mais justos, nem mais realistas e nem superiores aos dos outros.
É um direito seu achar que pensa e age da melhor forma, mas isso não lhe dá o direito de achar que sua forma de pensar é a mais justa, a mais correta, a mais perfeita, afinal, o que você pensa, seguidamente, não condiz com a verdade, porque ela é muito mais profunda e mais complexa do que você crê.
Pense, mas não se envaideça, raciocine, mas não se orgulhe, tenha opiniões, mas resigne-as a sua singeleza perante o mundo. Uma coisa é a sua constatação do que chama de “realidade”, outra, muito diferente, é a realidade com sua complexidade. Aceite, resigne-se!
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 26 de fevereiro de 2012.

Direito de sumir

Direito de sumir

Eu não me importo se o outro não vai mudar, se ele tem “seu jeito”, caso ele me magoe, não quero que me peça desculpas, eu perdôo, mas me afasto, deixo que ele siga sem mudar, mas distante de mim e da minha confiança.
Sofri demais na vida convivendo com pessoas que me frustraram e me magoaram, hoje não preciso fingir que aceito o jeito de quem fere a mim ou a quem amo com palavras ou atos, deixo que viva bem, mas bem longe de mim.
Quem é injusto e maldoso não merece minha resposta, não merece meu respeito, minha simpatia ou meu sorriso, mas merece o meu perdão, afinal, de gente infame não se deve sentir raiva por muito tempo: é desperdício de energia.
Eu sinto pena e uma boa dose de desprezo, mas, para evitar que tais sentimentos me façam mal, eu me afasto, eu sumo, eu me evado. O outro não depende de mim, nem eu dele, logo eu não preciso ser hipócrita. Aliás, eu não consigo me apegar à hipocrisia, tenho nojo dela, inclusive.
Você me magoou, me maculou a paz, me fez chorar e me feriu? Tudo bem, você tem o direito de agir como lhe apraz, todavia, eu tenho o direito de responder como desejo, no meu caso: tenho o direito de sumir, sem discussão, simples assim.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 26 de fevereiro de 2012.

Descaradas

Descaradas

Sabe aquele tipo de gente que abraça quem lhe difama, quem, por suas costas, fala mal dela com seu conhecimento? Essas pessoas são perigosas, além de não terem a mínima vergonha na cara, não possuem brio e são semelhantes a quem lhes critica.
Por serem iguais a quem lhes trai pelas costas elas relevam, afinal, não querem perder a oportunidade de fazer o mesmo com quem, na frente, tratam bem.
São pessoas sem moral, sem dignidade, são almas abortadas que vagam pelo mundo e se alimentam do que, dizem, ser “problemas alheios”, para, apenas assim, sentirem-se mais “gente”, afinal, são desumanas.
Cuidado com quem perdoa e relava o imperdoável, ninguém faz isso por bondade, faz por descaramento, por dependência, por falta de brio, por ser igual ao ofensor, e, assim, não sentir-se mal em se afastar dele, afinal, os maus se nutrem entre si.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 26 de fevereiro de 2012.

Patrocinando a maldade

Patrocinando a maldade

Enquanto um animal irracional demonstrar menos crueldade e mais bondade do que o ser humano, eu não terei fé na humanidade, na qual deixei de acreditar ao ver quão desumano um homem pode ser.
O homem usa sua racionalidade para enganar aos outros, usa sua boca para difamar e criar discórdia entre aqueles que nada tem haver com sua frustração e infelicidade, afinal, apenas elas justificam os atos pérfidos de quem intervém, injustamente e indevidamente, na vida alheia.
Nem todos são iguais, nem todos são maldosos, nem todos usam bom tempo de suas vidas vazias para falar mal dos outros, nem todos são cruéis, nem todos são infelizes, nem todos são inseguros, nem todos são problemáticos, todavia, os atos dos ruins e a inércia dos bons, estes, infestados pela hipocrisia que confunde a idéia de boa educação com afeto, fazem com que a maldade se perpetue com força.
Se você não aceita alguma coisa, se você discorda da forma com que os maus agem e vivem, por que, afinal, você quer ser “educadinho” e manter o convívio com eles? Você não pode viver a sua vida longe dos maldosos cuja língua esta sempre disposta a destilar fel? Você precisa deste tipinho de gente na sua vida?
Independente de suas respostas o fato é que os ruins nunca evoluirão enquanto todos fingirem que eles são bons, corretos e justos. Ninguém vê que age e vive errado quando todos aplaudem ou silenciam, quando, por serem semelhantes ou covardes, se juntam a ele sem demonstrar seu descontentamento e desgosto. Enfim, assim, a humanidade segue, com o silêncio da maioria patrocinando a maldade da minoria.

Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 25 de fevereiro de 2012.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Regra

Regra

Relacionamentos terminam, nenhuma relação entabulada por seres humanos é fadada a eternidade, quanto mais espontâneos e sinceros os amantes, menor é a garantia de que o “para sempre” será realmente eterno.
O “para sempre” existe enquanto o relacionamento existe, portanto dê o seu melhor, ame com intensidade, se entregue de corpo e alma, faça para o outro o que você quer que ele lhe faça, seja fiel e leal, se não quiser ser, desista da relação: você não ama! Assim, se um dia terminar, você terá vivido momentos inesquecíveis e guardará a certeza de que deu o seu melhor.
A menos que você esteja disposto a engolir tudo o que lhe for dado, não creia que seu romance durará para sempre. A idéia de relacionamento eterno é reconfortante, mas vai de encontro com a realidade do mundo moderno, onde ambos os cônjuges batalham por seus sonhos e metas.
Seguidamente uma relação duradoura requer a abdicação de um dos amantes de suas próprias metas, a desistência de muitos de seus sonhos e planos em prol do convívio, do relacionamento, enfim. Frise-se que tudo isso só se justifica por muito amor.
Eu acredito no amor e creio que, com muita paciência, excessiva maturidade e grande dedicação um relacionamento pode durar uma vida, mas sei que isso é raro e eu não escrevo sobre exceções, mas sobre a regra. Ademais, no que tange a amor eu acredito em sua eternidade: você pode desistir de um relacionamento, se afastar de uma pessoa, mas não do amor que nutriu por ela, que você passa a guardar, docemente em seu coração.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 22 de fevereiro de 2012.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Arrependimento?

Arrependimento?

Quem afirma que não tem nenhum arrependimento mente ou não mudou com a vida, não se tornou uma pessoa melhor. Ter arrependimentos não implica em melancolia e tristeza, mas em mea culpa bem feito, em evolução e maturidade.
Ontem você tinha muitas certezas, inúmeras vezes você se sentiu como o “dono da razão”, não importavam os conselhos, nem as experiências alheias: as suas opiniões eram melhores e imutáveis, hoje você viveu, se decepcionou, se tornou mais humilde e mais maleável. Hoje você é diferente, pensa e age de outra forma.
A vida bem vivida tem o poder de nos fazer rever velhos conceitos, velhas idéias e, assim, mudá-los, obviamente isso não obriga você a se arrepender de algo, mas lhe dá tal sugestão quando você percebe que poderia ter feito muitas coisas diferentes e de forma diferente.
“Ah, se ontem eu soubesse o que sei agora”. Tal afirmativa não é um lamento, mas uma demonstração de que você mudou, melhorou e, em alguns caos, se arrependeu de não ter agido de forma melhor.
O arrependimento não resolve nada, afinal, sem o ontem você não seria o que é hoje, mas, embora isso seja verdade não significa que os seres humanos sejam imunes a ele. No silêncio de sua alma todo o homem tem algum arrependimento ou terá, ou, então enganará muito bem a si mesmo e aos outros.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 20 de fevereiro de 2012.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Admirar

Admirar

Eu preciso admirar para me manter ao lado de alguém, seja amigo ou parceiro. Não basta achar humorado, inteligente ou atraente, eu preciso me encantar e nutrir uma forte admiração para, realmente, gostar e ficar por perto.
Não gosto do que aparenta, não admiro quem quer aparentar que é bom samaritano, que é feliz e contente, que sabe o que quer, que é, moralmente, “acima da média”, que vive em paz, quando é invejoso, infeliz, perdido, vil e descontente com sua existência.
Não à toa eu gosto de pouquíssimas pessoas, trato todas com educação, mas me mantenho ao lado de raríssimas, se ainda não me afastei, irei me afastar de quem não admiro, de quem é falso e se faz de amigo para achar inconvenientes na sua vida e critica-lhe, aliás, esta é uma forma esdrúxula e triste que os mau amados tem de se enaltecerem perante os menos “vividos”.
Detesto pessoas desesperadas por companhia, pessoas interesseiras, indivíduos que não amam, fazem contas, pessoas que não admiram ao parceiro, mas a condição socioeconômica dele, pessoas que sorriem na frente e criticam pelas costas, pessoas fúteis, que julgam aos demais pela roupa, carro, casa e profissão. Muitas pessoas que conheci devem se perguntar, porque eu me afastei, porque não dei noticias, porque eu sumi, a resposta é uma só: porque não lhes admiro.
Não sou melhor do que ninguém, mas o fato de ter porque admirar a outrem significa que existem afinidades de caráter entre as pessoas. Você pode dar boas risadas ao lado de uma pessoa diferente de você, uma pequena dose de álcool, de regra, ajuda neste intento, mas você não vai se manter amigo desta pessoa por nada além de momentos “festivos”.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 19 de fevereiro de 2012.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Corpos e vida

Corpos e vida

Não seja medíocre, não fique feliz com a tristeza alheia, não se entusiasme porque a Juliana Paes, a Jennifer Lopes e a Scarlett Johansson têm celulite, cuide do seu corpo, não torça para que as famosas e outras mulheres belas estraguem o delas.
Primeiramente, ter celulite ou não ter não faz de ninguém pior, ou melhor, do que ninguém, valorizar isso é de uma futilidade inominável, em segundo lugar, não ache que são fúteis as que malham e se cuidam, fútil é o ato de quem, descontente, com o corpo que possui, se anima quando o outro piora a sua aparência.
Cuide da sua beleza, não torça pela feiúra alheia, afinal o outro pode ficar feio, mas isso não lhe tornará bonito. Então, goste de suas curvas, aceite suas celulites e demais imperfeições, cuide de sua saúde, de sua pele, não espere para se animar ao ver as rugas de seus amigos.
Corpo, caráter, pele, vida e celulites cada um tem as suas para delas cuidar. Não se sinta bem porque a maioria é desonesta, mantenha-se honesto, não se alegre, porque seu amigo envelheceu, use protetor solar, cremes bons e se alimente bem. Cuide de você em todos os aspectos, os outros, com certeza, sabem se cuidar, ou não, mas isso não lhe diz respeito.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 17 de fevereiro de 2012.

Desistência e covardia

Desistência e covardia

Quem muda de planos e metas não fracassa, só é fracassado quem não tem coragem de seguir os seus anseios, de jogar tudo para o alto, de mudar a si mesmo, de mudar de ideais e de idéias.
Desistir não é sinônimo de fracasso, mas persistir por covardia, por ausência de liberdade para agir, é. Nada mais triste do que se prostrar diante de velhos sonhos por medo de criar novos e correr atrás de sua realização.
Apenas os corajosos mudam de estrada, de rumo, de metas, de sonhos. Não julgue quem desiste como “fracassado”, não projete as suas frustrações em quem sonha e batalha por novas metas.
Fracasso é sinônimo de covardia e infelicidade. Não é triste entabular novos planos e metas, não é triste passar por uma crise e sair dela com novas idéias, triste é estar sempre no mesmo lugar, com as mesmas crenças hipócritas mentindo para si mesmo que “covardia” é persistência.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 17 de fevereiro de 2012.

Infelizmente...

Infelizmente.

Sim, eu magôo as pessoas, de regra aquelas de quem eu mais gosto, as que eu mais admiro. Não que eu as magoe voluntariamente, eu o faço por ser sincera, o faço por dizer a verdade e por ter optado por ser uma pessoa transparente.

Quisera eu não magoar ninguém, mas isso é impossível. Não existe como você viver em paz com sua consciência, ser honesto e não magoar ninguém com as opções que faz, com o caminho que escolhe, com os sentimentos íntimos que possui.

As pessoas esperam serem felizes, logo elas desejam que seus desejos e sonhos se realizem. Quando, por qualquer motivo, seus anseios não ocorrem como o esperado, elas se frustram, choram e se entristecem.

Se você optar por viver sem nunca ferir ou magoar alguém, você terá que olvidar dos seus anseios, sentimentos e pensamentos, você terá que esquecer-se de si mesmo e viver em prol daquilo que, quem você ama e admira, espera de você. Talvez esta seja a única forma de agradar a todos.

Mas, eu pergunto: vale à pena? Convém ser sempre agradável e nunca magoar ninguém, mas perder-se de si mesmo, de seus anseios e desejos? Creio que não, é por isso que, infelizmente, as minhas opções, por mais puras que sejam e por maior que seja meu asco a ferir a outrem, sempre irão magoar alguém quando contrariar as suas expectativas em relação a mim. Repito: infelizmente!

Cláudia de Marchi

Passo Fundo, 17 de fevereiro de 2012.

Coração bobo

Coração bobo

Às vezes me pego lutando entre o que minha razão anseia e o que meu coração ordena, ele, com certeza, o maior traidor que tive nesta vida, aquele cujas razões minha inteligência desconhece.

Durante esta luta desleal e injusta eu dou força para a razão, incentivo-a, alimento-a, limpo seus olhos para que ela enxergue ainda melhor, mas, e o coração? Eu torço que perca, afinal eu não o compreendo e nem ele a mim.

Torço por quem tem afinidades comigo, a razão neste caso. Ela é ponderada, esperta, altruísta, decidida, ela me encanta, mas, por motivos alheios a minha vontade e, seguidamente, por mim desconhecidos, ela não é forte suficiente para vencer esta luta e, quando menos espero, ela cai nocauteada.

Como seriamos felizes, eu e ela se fôssemos os vencedores, se ela deixasse no chão aquele que caminha no sentido inverso da nossa paz de espírito e felicidade. Todavia, não me cabe a revolta, a ira e a depressão, isso é coisa muito dele (do coração) e, do jeito que ele é bobo, eu quero distância!

Cláudia de Marchi

Passo Fundo, 17 de fevereiro de 2012.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Loucos, mas francos.

Loucos, mas francos.


Eu gosto de pessoas divertidas, de pessoas “anormalmente” normais, de pessoas insanamente equilibradas, mas sinceras e francas, não conheço nenhum ser humano perfeito, mas conheço os que se acham “acima de tudo” e de todos e, sinceramente? Tenho nojo desta espécie de ser humano.


Todas as pessoas que conheço têm alguma paranóia, alguma obsessão ou alguma compulsão, não conheço ninguém perfeitamente equilibrado, graças aos céus! Uma pessoa perfeita, na minha vida, seria inconveniente, seria chata: ou eu iria desprezar-lhe ou ela a mim.


“De médico e louco todo mundo tem um pouco” é um ditado verídico, afinal todos têm algum probleminha, alguma dica de cura para o que, cientificamente, desconhece e algum “que” de “pinel”.


Interessantes, todavia, são aqueles que reconhecem tais fatos e não tentam fugir deles, nem se escondendo trás da máscara do “eu sou diferente, eu sou melhor”. Meu lado Alice tem o seu próprio mundo das maravilhas onde gente falsa, mesquinha, medíocre e egoísta não habita.


Cláudia de Marchi


Passo Fundo, 15 de fevereiro de 2012.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Funcionários

Funcionários

Nenhum escravo admira a seu senhor, logo, se você tiver funcionários, pague-os bem, trate-os com respeito e educação, não seja estúpido, trate aos outros, sendo seus dependentes ou não, como você gostaria de ser tratado se estivesse em seu lugar.
Empregados mal remunerados e mal tratados além de desprezar seu empregador, não “vestem a camisa” da empresa, não são leais e não tratam bem aos seus clientes, logo, o prejuízo será do empresário e não deles.
Frise-se que o “pagar bem” não é dar ao empregado tudo o que ele acha que merece, mas não malbaratar seu talento e dedicação, remunerá-lo, portanto, da forma mais justa possível e, sobretudo, respeitar-lhe, é ele quem lhe representa perante seus clientes.
Sem um bom funcionário, de regra, os empregadores perdem quem lhes sustenta: os clientes ou os pacientes, enfim, não basta ser um bom administrador, não basta ter talento, não basta ser dedicado, é preciso remunerar com honestidade e tratar com respeito a todos que representam a sua empresa e pessoa.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 14 de fevereiro de 2012.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Implícito

Implícito

Não gosto do implícito, do misterioso e do presumível, não nutro admiração e bem querer algum por sentimentos, pensamentos e indivíduos que carecem de presunções da minha parte.
A minha vida já tem fatos inexplicáveis demais para eu conviver com pessoas que não se explicam, não são simples e, por tal motivo, não se “traduzem” em atos e, principalmente, em palavras. Gosta? Fale. Quer ficar? Fique. Quer partir? Suma! Deixou de gostar? Diga e parta. Magoou-se? Minha bola de cristal esta estragada desde que nasci, portanto fale!
Eu já fui covarde e imatura, há poucos dias eu me evadia da vida alheia sem dizer o motivo. Eu deixava “implícito”. Não farei mais o que não quero que me façam, apesar dos pesares, irei contar ao outro as minhas razões, pode não servir para nada, mas, pelo menos, não lhe farei ficar agoniado “presumindo”, (talvez, de forma errônea) o que se passou pela minha cabeça.
Nenhuma pessoa merece ter que presumir que é amado, odiado, admirado e esperado na vida do outro. Se você tem que presumir, não seja indulgente, do contrário você vai criar versões cor de rosa para fatos negros e nunca irá deixar fora de sua vida quem precisa ser desvendado e, portanto, lhe sobrecarrega a inteligência. Poupe a sua beleza e paciência.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 14 de fevereiro de 2012.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Esperando a fogueira

Esperando a fogueira.
São tantas pessoas perfeitas neste mundo que eu me sinto deslocada. Sim, eu sou uma herege, me sinto uma, ao menos. Estou esperando a fogueira, sou muito imperfeita.
Eu gosto de gastar, gosto de comer bastante, de beber o que me apetece, de ficar bonita, sou super fã da cirurgia plástica e de todas as invenções que nos ajudam a sentirmos melhor, mais elegantes, mais chiques e, conseqüentemente, seguros sobre nossa aparência e condição financeira.
Sou fútil. Tenho ambições, não valorizo mais as aparências do que o ser e o estar, mas gosto de me sentir bem, gosto de me sentir bela, gosto de ter o meu dinheiro para gastar com o que me interessa.
Dinheiro bem gasto é investimento, gastar com o que nos alegra é adquirir bons momentos, não os de mais pura felicidade, mas instantes de prazer que, superficialmente, se assemelham a eles.
Mas você que é perfeito, que não tem vaidade, ambição, gula, você que guarda dinheiro ou que nem se importa em ganhá-lo, você que é sublime, um anjo sem asas me critica, me subestima. Sim, eu sou errante, eu não sou perfeita, estou, realmente esperando o fogo, a fogueira, na qual os pecadores como eu, serão exterminados para que os perfeitos vivam em paz.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 12 de fevereiro de 2012.

Perfeição?

Perfeição?

O mundo esta cheio de pessoas que acham que são melhores que as outras, mais honestas, mais inteligentes, mais críticas, mais "santas", mais corretas, faltam, no mundo, pessoas felizes e autênticas que não queiram aparentar o que não possuem ou são.
Eu não preciso de pessoas que me critiquem, que digam como sua forma de pensar e de viver é magnânima, justa e correta, não preciso de pessoas que digam que eu sou “muito isso” e “pouco aquilo”. Aliás, ninguém precisa de um juiz com pretensão de ser Deus em sua vida.
Santos são santos até o momento em que passam a reconhecerem-se como tal, não lembro quem escreveu isso, mas concordo. Logo, vejo que o mundo esta cheio de anjos do mal, apregoando-se santos, apregoando perfeição que não têm, afinal, se fossem perfeitos não iriam buscar reconhecimento por tal fato, menos ainda criticar quem não pensa como eles.
Pessoas que só sabem criticar, que crêem que sua forma de pensar e viver são superiores a dos outros me dão náusea, me irritam, me anojam, afinal, quanto mais tentam demonstrar suas virtudes e superioridade mais vis, asquerosas e toscas elas se tornam. No meu ponto de vista, é claro.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 12 de fevereiro de 2012.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Mudo

Mudo

Sim, eu mudo de opiniões, revejo meus conceitos, mudo de idéias, de planos, de sonhos, de rumo! Mudo de visual, mudo de estrada, mudo de metas, faço retorno, volto atrás algumas vezes, paro, espero, reflito e sigo. Sou assim, passei da idade de ser radical e “dona” da verdade.

Aliás, se o tempo fez algo comigo foi me tornar mais simples, mais humilde, mais reflexiva e capaz de mudar com mais freqüência. A vida ensina que ter personalidade não é insistir na mesma tecla, mas ser capaz de mudar de idéias e de atitude em prol de algo.

Faz parte de nossa evolução pessoal deixar de ser radical, deixar de ser prepotente, deixar de ser insistente e de se sentir sábio e cheio de razão. Quem pensa é capaz de mudar, quem é capaz de se modificar pode mudar de idéias e de ideais.

Hoje eu penso mais, me analiso, me critico, me modifico antes de querer qualquer mudança. A vida funciona de nós para o mundo: quem não consegue mudar a si próprio jamais conseguirá mudar a sua vida.

Cláudia de Marchi

Passo Fundo, 11 de fevereiro de 2012.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Éca!

Éca!

A postura de alguns homens me anoja. Minha mãe caiu na Avenida Brasil em Balneário Camboriú, porque virou o pé esquerdo. Estava ao meu lado quando foi ao chão em frente a um café onde um cidadão com mais de 60 anos tomava um café.
Sentado sozinho ao redor de uma mesa com quatro lugares o idoso não ofereceu um lugar para ela sentar e se recuperar do susto, mas, enquanto eu me abaixava para ajudá-la e enquanto eu olhava o ferimento, ele não tirava seu olhar abjeto do meu decote.
Situação triste, muito triste. Alguns homens perdem a vergonha com o passar da idade, seguem na direção inversa daquilo que a vida aponta: ela nos leva à evolução, eles seguem para a degradação moral.
Educação, caridade, compaixão e carinho são necessários, homens que pensam com o que possuem entre as pernas não são seres humanos normais, são doentes, não são racionais, são cruéis e indecorosos.
Quase chorei pela dor da minha mãe, fiquei triste, mas também, senti uma vontade enorme de chorar de raiva ao ver aquele senhor me encarando sem sequer ter percebido que uma mulher, poucos anos mais jovem do que ele, sofria com o joelho esquerdo sangrando sob um calor imenso no litoral catarinense. Na verdade cheguei a derramar lágrimas discretas por tal fato.
Podem dizer-me que isso é “normal”, que “homens são assim”, eu espero que estejam errados, afinal, se todos forem asquerosos e sem educação eu morrerei sozinha. Não suporto desrespeito, olhares indecorosos em momentos inoportunos e tenho nojo de cidadãos cujo órgão sexual funciona, mas o coração e o cérebro não. Éca!
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 09 de fevereiro de 2012.

Simples

Simples

O que acontece quando você sente sede? Procura água, procura algo para beber, assim como procura comida quando esta com fome e dormir quando tem sono. Enfim, quando alguém lhe deseja, lhe quer, lhe estima, irá lhe procurar: não se iluda se isso não ocorrer.

Quem quer vai atrás, quem quer busca, apenas um psicopata consegue ficar ao lado de quem não gosta, do contrário, se a pessoa quer sua companhia e se faz presente em sua vida, é porque ela gosta de você.

Então, não procure amenizar o fato de que, alguns indivíduos, não lhe ligam, não são sinceros e não lhe procuram pelo fato de não gostarem de você, não lhe admirarem, não terem prazer e alegria com a sua companhia.

Ninguém tem o dever de gostar de você assim como você não tem o dever de gostar de todas as pessoas que conhece e, mais ainda, de querer sua companhia e presença.

Seja sincero consigo mesmo, não procure justificativas, simplifique as coisas, não se torne uma pessoa tola com a capacidade de se iludir: não mandou mensagem, não telefonou, não escreveu, não procurou? Não lhe quer, então vire a página e esqueça, mas, por favor, não se lembre de justificativas insossas para atos desagradáveis que não sejam os seus! A vida é assim: simples.

Cláudia de Marchi

Passo Fundo, 09 de fevereiro de 2012.

Meio termo: o segredo.

Meio termo: o segredo.

O meio termo tem sempre razão, ele é o segredo do justo, do correto, do adequado, daquilo que é, enfim, melhor. O limitado, o pouco, obviamente, falta, assim como o “demasiado”, sobra. A meta do homem inteligente deve ser o meio termo.
Você deve estar se perguntando se amor demais também sobra. Talvez não, desde que, logicamente, ele não seja mais doado ao outro do que sentido por si mesmo. Sem amor próprio nenhuma espécie de amor deve ser almejada.
Amar demais, desde que se saiba “bem amar” não é defeito, mas é perigoso. O que é “demais”, se não leva ao equivoco, leva ao perigo. Não adianta, meu caro, quem sempre tem “razão” é o abençoado meio termo.
Homem sem ambição é infeliz, homem que ambiciona demais se descontenta, logo, se entristece, orgulho é saudável para o brio, demais é um defeito grave, pensar em si é importante, fazê-lo demais é egoísmo.
Enfim, não é preciso elucidar com muitas palavras, basta que elas lhe leve à reflexão, então, tire suas próprias conclusões, afinal, “falar” demais também é desnecessário.

Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 09 de fevereiro de 2012.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Sensibilidade e inteligência

Sensibilidade e inteligência

É preciso distinguir o momento em que ser genial é “genial” daqueles em que isso não passa de estupidez, de frieza. Ser inteligente pode ser uma dádiva, mas nos momentos certos.
Existe situações em que você não precisa usar sua cultura e raciocínio rápido, basta ser humano: são momentos em que não é preciso pensar demais, mas sentir, apenas sentir.
Quem não diferencia um momento do outro se torna tolo, se torna estúpido e suas habilidades intelectuais se tornam obsoletas. Ter virtudes não basta na vida, é preciso saber o momento certo para se valer delas, do contrário elas se tornam defeitos.
Enfim, em certos momentos basta sentir, basta ser uma alma amável, não é preciso ser um cérebro genial, de raciocínio ligeiro e detentor de muito conhecimento. Em algumas circunstâncias a inteligência prevalece, mas, no que tange a contato e convívio humano, a sensibilidade sempre será a melhor virtude.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 07 de fevereiro de 2012.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O meu problema

O meu problema

Quem tem “problema” com álcool, bebe, quem tem “problema” com doces, come demais, quem tem “problema” com cigarros, fuma, mas eu tenho “problema” com mentiras: ojeriza, não posso ouvi-las.
Simples e literalmente: eu desprezo quem me mente, é algo que começa no meu cérebro e afeta o meu (resistente) estômago, me deixa mal, me dá agonia, taquicardia e toda espécie de “mal estar” que uma pessoa pode sentir.
Tenho em minha mente que, se eu tivesse deixado quem já me mentiu na “primeira” mentira descoberta, eu teria sofrido menos, teria poupado lágrimas, dor e tristeza. Não posso ter certeza disso, apenas “acho” e, portanto, fujo de quem me mente, ainda que seja uma vã mentirinha.
Sim, é um problema grave, mas eu faço questão de tê-lo. Sou muito pacifica e tranqüila para não ter intolerância a nada. Lactose não me faz mal, frutos do mar, carne gorda e doce também não, mas mentira me faz, me arrasa e deprime, enfim, me anoja.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 07 de fevereiro de 2012.

A verdade (sempre) compensa.

A verdade (sempre) compensa.
Se a realidade, se a “vida como ela é” me descontenta muitas vezes é pelas mentiras tolas que sou obrigada a ouvir, tentar relevar, tentar compreender e, enfim, perdoar o menosprezo a minha inteligência.
“Mentiras” que não ferem, “mentiras” do bem podem ser contadas? Talvez, num mundo onde a maioria se contenta com pouco ou com “quase nada”, todavia, existe uma grande diferença entre o “ser” e o “dever ser”.
Na minha concepção do que “deve ser”, as pessoas não deveriam mentir, nem por bem, nem por mal, nem para amenizar a dura verdade, nem para conquistar alguém, nem para parecerem mais “legais” ou mais jovens. Quem conta pequenas mentiras é capaz de contar grandes, quem lhe ilude por pouco, poderá lhe iludir muito e “por muito”.
A mentira nunca compensa, ela ofende a inteligência de quem a ouve e magoa, por mais tola que possa ser. Se você quer conquistar alguém para sempre, não minta, se você não tem medo de perder a sua confiança, arrisque-se e engane-a.
A vida não é complicada, as pessoas é que a complicam, tente, pois, simplificar a sua vida: a verdade não muda e nem requer novas versões, então não avilte a inteligência alheia com mentirinhas toscas, fale a verdade, esta sim, sempre compensa.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 07 de fevereiro de 2012.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Valorização

Valorização

O homem é as marcas que deixa no coração das pessoas que cativa, os sorrisos que distribui, o amor que dá, o carinho que recebe, a atenção devotada a família, o amor dos seus familiares
Não pense que você é valorizado ou será estimado pelo que possui, pelo que ostenta ou aparenta. Bens materiais só cativam quem não tem valores, quem não vale nada mais do que aquilo que aprecia, logo, somente as pessoas sem valor apreciarão seus bens materiais.
O homem é desvendado por aquilo que aprecia, que admira, que gosta, que procura. Se você quer conhecer alguém, veja o que ele valoriza, então descobrirá qual o seu valor e se ele merece ser valorizado ou não.
O passar do tempo nos mostra que nada é realmente misterioso, que nada é difícil ou complicado, desde que saibamos viver bem, desde que saibamos observar e, principalmente, valorizar o que e quem merece ser estimado.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 05 de fevereiro de 2012.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Amor e outras drogas.

Amor e outras drogas.

Eu conheço o amor, eu conheço a sua graça, a sua luz e a sua permanência: você não deixa de amar quem lhe marcou, mas muda de foco, de planos, por algum motivo, fica só, supera a dor, e, com sorte, encontra um novo amor. Acredite isso é possível.
Enfim, o amor existe, ele não é uma entidade não palpável, todavia o fato de acreditar nele pode ser comparado com a fé que os cristãos possuem: quem não tem fé em Deus, não crê em milagres e não os vê, por outro lado, quem não “acredita” no amor desconhece suas “pistas”, suas “deixas”, seus sinais. Deixa se ver a sua magnitude e de vivenciá-lo intensamente.
O amor funciona como uma droga do “bem”, ele consegue fazer as pessoas mudarem sua forma de agir, sua postura, suas ilusões, suas crenças, o amor dá força, energia, paciência e esperança aos amantes. O amor faz milagres pela personalidade das pessoas, como um antidepressivo salva o sujeito que não vê mais “soluções” para sua vida e se imerge em tristeza. Aliás, indico um belo filme do qual retirei o titulo deste texto (“Amor e outras drogas”).
O primeiro passo para amar é crer no poder do amor. Quem ama se realiza ao lado do outro, supera dificuldades, perdoa ofensas, releva divergências, compreende, pois é indulgente, tem compaixão, complacência, se dedica e se empenha como se a “causa” do outro, fosse a sua. Enfim, quem ama se aproxima da perfeição.
Amor não é ilusão, amor não é comodismo, amor não é unicamente companheirismo, amor é um misto de bem querer, admiração, atração, afeto, carinho, afinidades, convergência de sonhos e esperanças. O amor é sublime e, por isso, poucos o conhecem.
Eu acredito no amor, não acredito apenas em quem não crê nele por ter se tornado frio, temeroso, solitário ou demasiado materialista. Para viver um grande amor é preciso, antes de tudo, crer nele, é preciso desejar, é preciso se afastar dos medos vãos, é por isso que, a maioria, passa a vida sem conhecê-lo.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 03 de fevereiro de 2012.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Arrogantes

Arrogantes

Se você quer ver a real personalidade de uma pessoa lhe dê algum poder. Não precisa ser um cargo político, apenas, diante da capacidade do cidadão, lhe de o cargo mais “interessante” que ele possa almejar e, então me diga se ele é uma pessoa boa ou não.
Francamente, eu não suporto pessoas arrogantes, prepotentes e orgulhosas. Nenhum ser humano é qualificado o suficiente para se achar superior aos outros, para ser esnobe com os demais, creio, inclusive, que quanto mais desqualificada moralmente uma pessoa é, maior a sua arrogância.
Pessoas boas são humildes, são afáveis, independente do salário, cargo ou posição social que ocupam. Aliás, o mundo esta farto de pessoas cuja moral lhes torna miseráveis, o universo precisa de pessoas ricas moralmente e não financeira ou culturalmente, apenas.
Nenhum vendedor precisa de um gerente arrogante, nenhum paciente precisa de um médico orgulhoso, nenhum aluno necessita de um professor prepotente e nem sequer um filho carece de um pai petulante. Apesar da diferente hierarquia é a humildade, e não ela e o poder capaz de ser exercido sobre o outro, que torna uma pessoa competente e boa.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 1º de fevereiro de 2012.