Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Valiosa exceção.

Valiosa Exceção

Eu gostaria de saber porque a tristeza na vida e o descontentamento com ela se tornaram tão "normais". Por que as pessoas se acostumaram a reclamar, a superestimar o que não é bom, por que a palavra depressão se tornou tão banal e corriqueira? Por que a alegria e a empolgação com a vida não são tão comuns? Eis algumas de minhas indagações.
"Fulano brigou com a namorada e esta com depressão". "Cicrano conseguiu auxílio doença e vai parar de trabalhar porque esta com deprimido". Mas, o trabalho não é a mais nobre forma de ocupar a mente e espantar maus pensamentos, ou seria essa concepção demasiado antiga? Mas, perder e sofrer frustração no amor além de fazer sofrer não ensina? Qual o motivo pelo qual a tristeza ganhou status de "imperadora" no mundo e as pessoas só aferem o lado ruim das circunstâncias? A vida não é fácil, mas também não é difícil, é, apenas surpreendente e o preço que se paga por ser infeliz ou feliz é o mesmo a partir do momento que ganhamos um passaporte só de entrada neste mundo (afinal a viagem de volta é certa, mas sem data marcada).
Não custa nada buscar razões para ser contente na vida, todavia o ser humano fez do descontentamento a regra, inclusive fisicamente: Não se avalia com o mesmo peso as características bonitas, todavia as menos belas são superestimadas. O nariz é grande? Mas o olho e o olhar são belos. O cabelo é liso demais? Mas a pele é magnífica, e, ora essa, quantas pessoas não desperdiçam tempo e dinheiro para ter um cabelo extra liso?!
A beleza física esta em algum lugar do corpo, a beleza da vida em algum aspecto dela, basta dar-lhes importância, basta procurar o contentamento e não o seu oposto. Se algo esta ruim, o que fazer? Se é possível muda-lo é preciso arregaçar as mangas, se nada podemos fazer, por que lamentar? Existem tantas coisas a nosso redor que são boas.
Existem dias que acordamos sem achar muita graça de nada, o que fazer? Trabalhar, se dedicar a algo de que gostemos quando o trabalho nos dá tempo: Ler, cozinhar, pintar, passear, caminhar, dirigir, beber e comer algo que nos apeteça. Sempre podemos fazer algo agradável para melhorar nosso humor e fazer de sua falta uma grande exceção em nossa vida.
A felicidade não é uma ilusão, é uma opção que poucos fazem e pela qual a maioria gosta de esperar, motivo pelo qual a tristeza e a depressão imperam. A vida nunca será sempre agradável, aliás ela não existe para nos agradar, quem existe para tentar fazer de sua existência algo mais agradável e produtivo somos nós. No entanto poucos assumem a responsabilidade pela sua própria felicidade, talvez porque seja mais fácil responsabilizar o mundo, cruzar os braços, lamentar as "dificuldades da vida" e ser, apenas, mais um descontente no mundo.

Cláudia de Marchi Pagnussat

Passo Fundo, 29 de maio de 2009.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Escolhas e renúncias.

Escolhas e renúncias

Fazer escolhas implica em fazer abdicações. Optamos por algo e renunciamos a várias outras oportunidades e circunstancias. Somos, porém responsáveis pela nossa felicidade, alegrias e frustrações, fruto de nossas escolhas.
É impossível ao ser humano ter tudo o que deseja: Optando por uma ou outra estrada deixará de admirar as paisagens das outras. Importante é estar ciente deste fato e fazer da estrada escolhida o melhor caminho e da viagem a melhor jornada.
Viver envolve escolhas, escolhas envolvem responsabilidade, todavia o homem possui uma ansiedade inerente por não poder ter tudo o que deseja e não raras vezes sofre por não poder ter conhecido e usufruído das possíveis benesses dos outros caminhos que a vida lhe apresentou, mas que, por ter escolhido outro, a eles renunciou.
Todavia, cada estrada tem seus percalços, belezas e peculiaridades. Chega mais perto da maturidade o homem que não sucumbe a ansiedade de não poder ter tudo, chega mais perto da felicidade o homem que se contenta com as opções que fez mesmo ciente de suas abdicações e renuncias inerentes ao fato de ter tomado suas decisões e optado pelo caminho que seguiu.

Cláudia de Marchi Pagnussat

Passo Fundo, 25 de maio de 2009.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Os fomentadores de discórdia.

Os fomentadores de discórdia

Cruzamos todo o tipo de gente na estrada de nossa vida, mas, com certeza junto com os invejosos o pior tipo são os “fomentadores de discórdia”, aqueles que falam com firmeza, com convicção, que te enaltecem quando o assunto se refere há criar intrigas e desunir pessoas.
Os fomentadores de discórdia adoram ver os amigos brigarem, os casais se separarem, e perderem a razão e o respeito uns pelos outros, findando, enfim, a consideração e a união.
Aliás, “desunir” é praticamente uma tarefa dos fomentadores de discórdia. Você fala “a minha esposa esta muito sensível”, o fomentador de discórdia diz: “isso é TPM, coisa de mulher, ignore vamos sair beber que assim você espairece”.
A mulher afirma “meu marido anda tão ocupado ultimamente, chega em casa sempre depois das 19h”, a amiga fomentadora de discórdia diz: “Cuidado, pode ser que ele tenha um caso, ou, se não tiver, pode vir a ter, aposto que ele se encontra com os amigos para um happy hour”.
Você diz, “que saudade da milha melhor amiga ela esta sempre tão distante”, o fomentador ou fomentadora de discórdia dizem “ela nem esta ai pra ti, esta de namorado novo, a tua amizade se tornou dispensável”. Enfim, vivem com fel na língua para prejudicar as relações alheias contentando-se com seu desconforto e tristeza.
E assim vivem os fomentadores de discórdia, louvando a ira, ao orgulho, as desavenças, a brigas e a tudo que diga respeito à desunião entre as pessoas. São pessoas frustradas, infelizes que desejam aos outros o que têm dentro de si: Conflito, infelicidade e solidão.

Cláudia de Marchi Pagnussat

Passo Fundo, 11 de maio de 2009.